Canadá: petrolíferas tentam minar planos de apoio aos Povos Indígenas
- A Atlas Network, uma organização com ligações a Charles
Koch que recebeu financiamento da ExxonMobil (mais de 1 milhão de dólares),
associou-se a um laboratório de ideias com sede em Ottawa - o Instituto
Macdonald-Laurier - para enfraquecer os planos do Canadá para implementar a
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, ou UNDRIP. As duas organizações, mostram documentos da Atlas, receavam que a declaração pudesse dar às comunidades
indígenas mais poder para se oporem à exploração do petróleo e do gás nos seus
territórios. O Instituto Macdonald-Laurier procurou grupos indígenas
pró-indústria para fornecer "um escudo contra os opositores". Também
receberam "apoio" do ministro da justiça federal na altura, Jody Wilson-Raybould,
que uma vez disse que a implementação integral da UNDRIP seria
"impraticável". Embora o Canadá tenha aprovado a legislação da UNDRIP, a
sua implementação tem estagnado - e os grupos ligados à campanha do Instituto
Macdonald-Laurier continuam a argumentar que a prosperidade indígena depende do
petróleo e ao gás. Geoff Dembicki, The Narwhal.
- A Alemanha assumirá uma participação de 30% no capital da
Uniper e fornecerá um total de 14,7 mil milhões de euros em instrumentos
convertíveis e empréstimos da estatal KfW como parte de um pacote de resgate
maciço para a filial finlandesa Fortum. Bernd Radowitz,
Recharge.
- A Bélgica concordou com o grupo francês Engie para
prolongar a utilização da energia nuclear por 10 anos. A subsidiária da Engie,
a Electrabel, e o Estado belga assinaram uma "carta de intenções não
vinculativa" para negociar um acordo jurídico vinculativo até ao final de
2022. A Bélgica deveria abandonar a energia nuclear em 2025, mas quer agora
prolongar a vida dos seus 2 mais recentes reactores, Doel 4 e Tihange 3, com um
reinício em novembro de 2026. EurActiv.
- O ouro, a importação mais valiosa do Reino Unido
proveniente do Brasil, está a alimentar a desflorestação na Amazónia. Yasmin
Dahnoun, The Ecologist.
- O proprietário da maior siderurgia do Reino Unido, o
Grupo Tata, ameaçou encerrar as operações se o governo não concordar no próximo
ano em fornecer 1,5 mil milhões de libras esterlinas de subsídios para o ajudar
a reduzir as emissões de carbono. Anjli Raval, Sylvia Pfeifer, Harry Dempsey e
Chloe Cornish, Financial Times.
- Sunak vs Truss: quem é o candidato mais verde? James
Murray, BusinessGreen. Discussão estéril, tendo em conta que ambos são
Conservadores e, como tal, um deles, se eleito, obedecerá à voz do dono.
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