sábado, 16 de julho de 2022

Bico calado

«A rua 20 voltou hoje (15jul2022) a estar aberta à circulação na entrada norte do concelho, ainda sem a camada final de asfalto e com um novo modelo de circulação. Esta é uma empreitada que encontrámos numa fase de execução avançada e onde detetámos vários erros graves, nomeadamente zonas onde duas viaturas ligeiras teriam muita dificuldade em cruzar-se em sentidos opostos ou onde autocarros e viaturas pesadas pura e simplesmente não conseguiriam passar. Para além desses erros, o modelo de trânsito previsto nesta empreitada não melhora a circulação rodoviária, os acessos à cidade ou as condições de mobilidade. Apesar de nem todos os erros poderem ser corrigidos, conseguimos introduzir alterações, melhorias e correções no projeto que estava a ser executado. Assim, estando concluída esta primeira fase de reabertura ao trânsito, ao longo das próximas semanas, vamos reduzir a dimensão dos triângulos no pavimento, suavizar as curvas mais acentuadas e acrescentar uma terceira via no eixo da Rua 20 que evite congestionamentos. Com as alterações que efetuámos, ficará também assegurada a possibilidade de, no futuro, fazer uma intervenção mais estrutural no modelo de circulação, melhorando a fluidez e a facilidade de acesso. Em virtude dos erros detetados e das suas implicações na gestão eficiente dos recursos públicos, esta empreitada será sujeita a uma avaliação para identificar as falhas no processo de decisão e apurar responsabilidades.» Miguel Reis, presidente da CM de Espinho. A obra custou 1 milhão e 300 mil euros. Totalizam agora cerca de 65 mil euros os trabalhos a mais realizados para corrigir os erros detetados. Mas a ‘coisa’ ficou incompleta, havendo mais correções a fazer no futuro. Entretanto, fala-se em apuramento de responsabilidades. Que vai acontecer à engenheira ou arquiteta da Câmara que apresentou o esquiço desta obra numa reunião da Assembleia Municipal expressamente convocada para prestação de esclarecimentos?

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