- Zelensky pondera substituir a estátua de Catarina, a Grande, por um monumento a Billy Herrington, estrela porno gay norte-americana, em Odesa. A petição, que já ultrapassou o número exigido, apresenta várias razões para que uma estrela porno gay dos EUA tome o seu lugar, principalmente porque Odessa não faz parte da cultura russa, tem a sua própria cultura e sentido de humor, será "um sinal claro de que a Ucrânia apoia a comunidade LGBT" e será uma grande atração turística. Brady Knox, Washington Examiner.
- À CostaTerra não basta inaugurar em Melides um campo de golfe à pressa, sob imenso secretismo, e alvo de suspeitas sobre ilegalidades. Tenta agora, junto da Câmara Municipal de Grândola, legalizar uma dezena de casas modulares de madeira, de tipo T4, encomendadas à Jular, destinadas a albergar convidados e clientes, fazendo de conta que se trata de um centro de formção para os seus trabalhadores. Gustavo Lynch, Tal&Qual 13jul2022.
- Espinho passa a ter tarifário social automático para a água em agosto. O Bloco de Esquerda propôs a implementação de um tarifário social automático para o abastecimento de água em Espinho. A proposta foi do BE e mereceu a unanimidade de todos os partidos representados na Assembleia Municipal, na qual há ainda 12 eleitos do PS (que também lidera a Câmara Municipal), 10 do PSD, um do PCP e outro do movimento “Independentes por Paramos”. Observador.
- Os generais Manuel Helder Vieira Dias ("Kopelipa") e Leopoldo Fragoso do Nascimento ("Dino") são acusados de se terem apropriado de imóveis construídos com fundos públicos, num esquema que envolveu o financiamento da China a partir de 2003. Esquerda.
- «(…) Diz-se que a agricultura holandesa é das mais modernizadas do mundo, sendo apresentada como um exemplo para muitos outros países. Ao mesmo tempo, os agricultores holandeses, especialmente os maiores, que agora protestam nas ruas, estão provavelmente entre os mais subsidiados do planeta, recebendo subsídios espantosos da Política Agrícola Comum da União Europeia. (…) Este movimento é antidemocrático. Rejeita o direito do parlamento de estabelecer regras para limitar a expansão das empresas agrícolas industrializadas (e assim limitar, pelo menos minimamente, as pressões associadas ao clima, saúde pública, paisagem, biodiversidade e qualidade de vida rural). É um movimento que opta pela violência (…) Coloca o 'outro' e a 'alteridade' no centro das atenções quando se trata de explicar os problemas atuais. Os "outros" (partidos políticos, imprensa, consumidores, etc., etc.) são os culpados - a forma hegemónica da agricultura e os agricultores envolvidos são inocentes: mais, eles são as vítimas. (…) Este movimento de agricultores radicais vira as coisas de pernas para o ar. Isto ocorre claramente, por exemplo, na linguagem que utiliza. Estes agricultores apresentam-se como 'vítimas' de políticas injustas. Como "desfavorecidos", numa luta heróica contra o Estado. Tentam mesmo apresentar-se como 'judeus' perseguidos por um regime autoritário (…) Há também uma reviravolta notável dentro da sua visão do mundo. Durante décadas favoreceram a exclusão dos pequenos camponeses com base na premissa de que tal exclusão era uma condição prévia para o "desenvolvimento estrutural": uma condição que favorecia os empresários, permitindo-lhes o espaço para se expandirem ainda mais. (…) No entanto, continua a haver grandes segmentos da agricultura de tipo camponês nos Países Baixos. Este tipo de agricultura é definitivamente diferente da agricultura empresarial. Transporta os germes de uma alternativa importante que está bem alinhada com a natureza e as expetativas da sociedade. Também desenvolveu novas formas de multifuncionalidade que permitem aos agricultores escapar ao dilema de crescer ou perecer, prestando serviços que são muito procurados. As explorações agroecológicas (que fazem parte deste segmento camponês) conseguem combinar elevados níveis de sustentabilidade, ao mesmo tempo que geram rendimentos mais elevados do que os obtidos na agricultura industrializada. A tragédia, no entanto, é que este segmento alternativo quase não tem voz ou representação política. Pode mesmo tornar-se a verdadeira vítima das atuais lutas. A mobilização deste setor, que poderia tornar-se a verdadeira vítima, é urgentemente necessária. (…)» Jan Douwe van der Ploeg, Agrarian Conversations.
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