França: Macron atrai apoiantes da esquerda acusando Le Pen de cética do clima
- Persistem os protestos climáticos da Extinction Rebellion no
Reino Unido. No sábado, seis pessoas foram presas depois de ativistas -
incluindo dois atletas olímpicos - terem escalado um camião cisterna no centro
de Londres. Este foi o último de uma série coordenada de protestos da Páscoa
por manifestantes que apelam a uma paragem em todos os investimentos em
combustíveis fósseis no Reino Unido. Robin McKie, The Guardian.
- Emmanuel Macron chamou a sua adversária de
extrema-direita Marine Le Pen, uma "cética do clima". Falando para
cerca de 3.000 pessoas, Macron disse que a sua adversária ia desmantelar
parques eólicos e impor uma moratória a novos projetos de energia eólica e
solar em França, e que estava fora de questão construir novas centrais
nucleares por serem perigosas. Trata-se de um esforço para atrair os apoiantes
de Jean-Luc Mélenchon, o candidato das esquerdas que obteve um surpreendente
terceiro lugar com 22% na primeira volta da semana passada. Clothilde Goujard,
Politico.
- O governo dos EUA vai retomar as concessões para novas
perfurações de petróleo e gás em terrenos públicos de nove estados. Ao abrir
novas terras para perfuração, ao mesmo tempo que exige que as empresas paguem
mais para perfurar, a administração Biden parece querer baixar os preços do gás
e combater as alterações climáticas. A taxa de royalties para as novas
concessões aumentará de 12,5% para 18,75%, o que é o primeiro aumento das
royalties desde que foram impostos pela primeira vez nos anos 20. O anúncio vai
quebrar uma promessa feita por Joe Biden durante a sua campanha eleitoral,
nomeadamente quando, em New Hampshire, em fevereiro de 2020, garantiu que não
haveria "mais perfurações em terras federais, ponto final". Fontes:
NYTimes, The Guardian, The Independent e Reuters.
- Organizações ambientalistas manifestam-se preocupadas
sobre um acordo de proteção florestal assinado por Boris Johnson na Cop26, após
a publicação de um relatório condenatório sobre o setor madeireiro "sem
lei" da República Democrática do Congo. Johnson assinou a carta de intenções em nome da Iniciativa
Florestal da África Central (Cafi) para um acordo de 10 anos que inclui
objetivos de proteção de florestas e turfeiras de alto valor. Dos 200 milhões
de libras empenhados na proteção da bacia do Congo pelo Reino Unido na Cop26,
32 milhões de libras foram concedidos a Cafi a partir do orçamento da ajuda. No início de abril, o governo da RDC divulgou umaauditoria há muito aguardada sobre a indústria madeireira do país. Descobriu-se que seis ministros sucessivos tinham
atribuído ilegalmente pelo menos 18 concessões de abate, quebrando uma
moratória de quase 20 anos sobre novos abates industriais na segunda maior
floresta tropical do mundo. Mais de 3 milhões de dólares em royalties não foram pagos
ao governo pelos operadores devido a uma "situação caótica", segundo
a auditoria, que marca o primeiro passo do acordo entre a RDC e 12 doadores
assinado no primeiro dia da Cimeira do Clima em Glasgow para desbloquear 500
milhões de dólares para proteger o vasto ecossistema. Os ambientalistas dizem que o dinheiro dos contribuintes
do Reino Unido, Noruega, França e Alemanha poderá ser desperdiçado se não forem
tomadas medidas sobre as concessões ilegais, devendo a moratória sobre o abate
industrial ser levantada no final deste ano. Patrick Greenfield e Fiona
Harvey, The Guardian.
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