quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

França: resíduos industriais ardem há mais de 2 semanas em Saint-Chamas

  • Os Ecoloxistas en Acción denunciam os contínuos despejos de residuos no río do Burgo, afluente do río Brandelos, sendo este último, afluente do río Ulla, procedentes da balsa mineira de Bama situada nos terreos da mina de Touro, pertencentes ao grupo Explotaciones Gallegas.
  • Em Saint-Chamas, a 50 km de Marselha, França, uma pilha de resíduos industriais está a arder há mais de duas semanas num local de armazenamento e triagem, libertando uma poluição maciça. O operador estava a armazenar quase trinta vezes mais resíduos do que o permitido. Os vizinhos relatam irritação, tosse e por vezes vómitos. O presidente da câmara municipal, Didier Khelfa proibiu as crianças de usar o parque infantil e as actividades desportivas ao ar livre perto do local.  Marius Rivière, Reporterre.
  • A Comissão Europeia prorrogou o prazo para contribuições de especialistas sobre a proposta de rotulagem 'verde' de investimentos em nuclear e gás, apresentada no final do ano e que motivou críticas da Alemanha e da Áustria. "O prazo foi adiado por uma semana para dar um pouco mais de tempo à plataforma de peritos", esclareceu o porta-voz principal do executivo comunitário, Eric Mamer. Notícias ao minuto.

  • Uma gigantesca mina de ferro e duas barragens com 90 vezes o volume de rejeitos que soterrou parte de Brumadinho em janeiro de 2019 devem tornar-se parte da paisagem do Cerrado do norte de Minas Gerais. Da mina sairá uma tubulação para transporte de minério de 478 Kms de extensão que chegará ao litoral da Bahia. Trata-se do empreendimento bilionário da empresa chamada Sul Americana de Metais, ou SAM, controlada pela Honbridge Holdings, grupo sediado em Hong Kong, que também é dono de empresas de energia, tecnologia e um aplicativo de transporte. Por ser considerado ambientalmente inviável, o empreendimento estava parado há quase 10 anos no Ibama. Mas em julho de 2019, Eduardo Bim, presidente da autarquia, assinou um parecer que fez o projeto avançar – apenas seis meses depois do desastre de Brumadinho. Sabrina Felipe, The Intercept.

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