COP26: 'Tenham vergonha'
- 'Tenham vergonha!' gritaram ativistas climáticos no
exterior do Museu de Kelvingrove. Membros da família real e executivos
empresariais britânicos juntaram-se aos chefes de estado e outros líderes no
jantar exclusivo oferecido pelo Primeiro Ministro britânico Boris Johnson na
Galeria e Museu de Arte de Kelvingrove. "Como ousam estes líderes mundiais
ter um jantar extravagante na primeira noite da cimeira do Clima, como se
tivessem algo de que se orgulhar?", disse Cat Scothorne do grupo Glasgow
Calls Out Polluters. Brett Wilkins,
Common Dreams.
- Boris Johnson e o Príncipe Carlos batem todos os recordes
de hipocrisia. Depois da cimeira do G20, em Roma, viajaram em aviões separados para
Glasgow. E, depois de terem exibido o seu número pregando a redução das
emissões de gases de efeito de estuda, regressam a Londres de avião. Aliás como
o fazem centenas de líderes e homens de negócios mundiais que viajaram de aviãopara aparecerem na foto de Glasgow. Rowena Mason ,
The Guardian.
- Desde que foi nomeado Presidente da Cimeira climática da
ONU COP26 em Janeiro deste ano, Alok Sharma - um deputado conservador desde
2010 – mostrou-se como porta-voz do governo britânico para a ação climática na
cena mundial. O deputado por Reading West fez questão de dar um sermão aos
líderes mundiais sobre a necessidade de tomar medidas radicias para evitar que
as temperaturas globais ultrapassem o 1,5C reconhecido ao abrigo do Acordo de
Paris. Mas uma análise atenta às suas votações no parlamento mostra que ele tem
protegido consistentemente os interesses dos combustíveis fósseis, minimizado
os seus piores impactos ambientais, e opondo-se à acção transformadora sobre as
alterações climáticas durante a última década. Nafeez Ahmed, Byline Times.
- A BBC recebeu cerca de £300.000 em receitas publicitárias
em 2020 da petrolífera da Arábia Saudita Aramco, apesar do director-geral da
BBC, Tim Davie, ter apelado a todos os ramos da emissora para reduzir as
emissões líquidas de gases com efeito de estufa. Jim Waterson,
The Guardian.
- Países que representam 85% das florestas do mundo
comprometeram-se a pôr fim à desflorestação dentro de 9 anos, num esforço
renovado para conter as emissões de dióxido de carbono libertadas pelas árvores
que estão a ser abatidas para a agricultura. A Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso
da Terra vem acompanhada de 14 mil milhões de libras de novos financiamentos
para combater a perda de florestas ao longo de 5 anos. O dinheiro vai ser
disponibilizado por 12 países e organizações privadas. O objetivo para 2030 é idêntico a um feito há 7 anos por
um grupo mais pequeno de países, conhecido como a Declaração de Nova Iorque
sobre Florestas, que estabelecia um objetivo de reduzir a desflorestação para
metade até 2020, coisa que falhou redondamente. Há, porém, poucos detalhes na nova declaração sobre a
forma como o objetivo será atingido – por exemplo, como pagar aos países para evitar
desflorestação prevista - ou como monitorizar os progressos. O objetivo não é
vinculativo. Observadores há que julgam que este novo financiamento não irá
ajudar a resolver o problema, a menos que sejam feitos esforços simultâneos
para cortar os subsídios agrícolas que conduzem a muita exploração madeireira. Adam Vaughan,
New Scientist.
- Manifestantes vestidos de vampiros protestaram frente à
sede europeia do Facebook contra os centros de dados que consomem imensa
energia em Dublin, Irlanda. Até 2028, esses centros de dados consumirão 29% da
electricidade da Irlanda, adicionando pelo menos 1,5 milhões de toneladas às
emissões de carbono da Irlanda até 2030. Redfish.
- A crescente popularidade da fotografia de aves e o desejo
dos fotógrafos de mostrar as suas imagens nas redes sociais está a suscitar
preocupações de que as aves estejam a ser molestadas e perturbadas, levando a
efeitos potencialmente nocivos para a sua saúde. Todd McLeish, ecoRI News.
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