A Exxon compra mais anúncios no Facebook do que qualquer
outra empresa de combustíveis fósseis. Os anúncios da empresa não se concentram
apenas na promoção do seu perfil. Como a administração Biden tomou medidas para
refrear a extração de petróleo e gás de terras públicas, rejeitar o oleoduto
Keystone XL, e decretar uma política climática, a maior empresa petrolífera tem
feito anúncios para encorajar os telespectadores a oporem-se a estas medidas.
Ao clicar nos anúncios no Facebook os cibernautas são enviados para a
plataforma Exxchange e convidados a assinar petições.
A empresa de relações públicas Harris Media, sediada no Texas, dirigida pelo consultor republicano Vincent Harris e conhecida por trabalhar em campanhas políticas de extrema-direita, assume os louros pela criação da Exxchange. Um erro de codificação indica que a Edelman, a maior empresa de relações públicas do mundo, parece ter também desempenhado um papel na gestão da Exxchange.com. A Edelman trabalhou anteriormente com empresas poluidoras como a construtora de oleodutos TransCanada, o American Petroleum Institute e a Shell.
Muito recentemente, e para lavar a sua imagem, a Ederlman
lançou uma campanha, em colaboração com a Tazo Tea e a American Forests, centrada
na contratação de residentes de comunidades pobres e negras para plantar
árvores nos seus bairros.
Porque será que a Edelman se quer distanciar da campanha
Exxchange? A própria Edelman publicou recentemente um relatório que conclui que
60% dos empregados deixariam uma empresa que está a fazer um trabalho
"fundamentalmente imoral", e as sondagens mostram que os jovens
trabalhadores consideram cada vez mais as empresas de combustíveis fósseis como
imorais devido aos seus enormes impactos para a crise climática. Talvez a
empresa de relações públicas pense que esconder o seu trabalho com a Exxon irá
preservar a sua imagem junto do público…
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