Bico calado
- Israel tem todo o direito de se defender dos perigosos
terroristas da Associated Press dado que acaba de bombardear os seus escritórios. Isto é afinal de contas uma luta igual...igual a todas as
outras lutas pela liberdade contra a opressão. Nada disto é novo, o que é novo
é o silêncio da comunidade internacional contra estes crimes. Os palestinianos
não terão direito aos seus concertos de rock e às declarações chocadas das
celebridades de Hollywood. Não, os Palestinianos morrerão em silêncio...o nosso.»
Paulo Mendes.
- O lóbi de Israel não quer que se veja este filme
inconveniente. É uma peça de jornalismo de investigação muito devastadora,
dividida em 4 episódios: (Episódio 1) A Al Jazeera entra disfarçada no lóbi de Israel na
Grã-Bretanha e mostra como os elementos do lóbi organizam uma campanha para se
infiltrarem e influenciarem grupos de jovens, incluindo a União Nacional de
Estudantes, cuja presidente enfrenta uma campanha de difamação coordenada pelo
seu próprio deputado e apoiada pela Embaixada de Israel; (Episódio 2) O repórter da Al Jazeera, disfarçado, consegue integrar-se
numa delegação da Embaixada de Israel ao Congresso do Partido Trabalhista
britânico. Revela-se como foram feitas acusações de anti-semitismo contra
membros-chave do Partido Trabalhista - e como uma antiga funcionária da
Embaixada de Israel ficou perturbada quando os seus antecedentes foram
revelados; (Episódio 3) O repórter da Al Jazeera infiltrado no Congresso do
Partido Trabalhista revela como as acusações de anti-semitismo por feitas por
um grupo dentro do Partido Trabalhista visaram os críticos ide Israel e viram
alguns serem investigados; (Episódio 4) Um oficial político sénior da Embaixada de Israel em
Londres discute uma potencial conspiração para "derrubar" políticos
britânicos - incluindo um Ministro de Estado no Ministério dos Negócios
Estrangeiros que apoia os direitos civis palestinianos. James Kleinfeld apresenta mais pormenores aqui.
- «(…) Estando os nossos generais a discutir uma versão
contemporânea e especializada da questão do Filioque, que foi tema do Primeiro
Concílio em Constantinopla, se o Espirito Santo precede o Pai e onde entra o
Filho, a questiúncula trinitária, eu pergunto-me qual a importância do tema
para explicar a intervenção de forças armadas portuguesas no Afeganistão, no
Iraque, nas provocações americanas à Rússia nos estados bálticos, no
desmembramento da Jugoslávia e no ataque à Sérvia, no caos da Líbia, no apoio a
Israel … A estrutura de comando das FA portuguesa teve alguma influência na
decisão destas participações? Os nossos generais signatários da carta, todos,
exceto um, antigos Chefes de estado-maior, tiveram algum papel nas decisões,
individualmente ou em conjunto? A manutenção ou a alteração da estrutura de
comando, da hierarquia de chefias, terá alguma influência nas condições de
defesa do Estado Português e dos seus cidadãos contra o domínio das bases de
dados por parte das super-estruturas das instituições financeiras que manipulam
as cotações de divisas, de preços bens essenciais, o petróleo, o algodão, dos
metais raros, que se assenhoreiam das fórmulas de químicos para a saúde e o
bem-estar da população mundial, que determinam onde se constroem viadutos e linhas
de fibra ótica, ou quem pode dispor de armas nucleares, ou a quem é interdito,
a quem se pode comprar alta tecnologia ou não, quem manipula a opinião publica
e leva multidões a acreditar que vem aí um salvador? (…)São questões estúpidas,
as minhas, claro. Bizantinices…Há nomes que me custa a ver no final da carta,
há nomes que não me admiro nada de lá estarem…» Carlos Matos Gomes, A Carta dos
generais e Bizâncio – Medium.
- «“Toda a gente sabia” excepto o próprio e inefável
Barreto, que se põe fora do saco onde meteu toda a gente. Só lhe faltou a
“barretal” e habitual conclusão: toda a gente sabia e sabe que a Reforma
Agrária, mesmo depois de liquidada por mim e mais alguns da mesma laia
política, só podia dar em desastre humano, ambiental, económico. Odemira é a
prova e a contraprova. Exploração da terra e da água insustentável. Trabalho
escravo. Cumplicidade do poder político e económico. «Toda a gente sabia».
Escapa um sociólogo, que foi ministro da agricultura anos atrás. A registar. Os
que prometeram, anunciaram um Alentejo de explorações agrícolas familiares e
cooperativas de pequenos agricultores, produziram um imenso latifúndio de
exploração, agressão ambiental e que só não é um suicídio económico, porque não
se fazem contas à destruição do solo e à subsidiação pública da água. E que
opera com infraestruturas construídas com dinheiros públicos, sem pagar rendas.
(Depois das mais-valias da terra beneficiada pelo Alqueva terem sido
inteiramente apropriadas pelo latifúndio). Lembras-te, Barreto, da propaganda, demagógica e
divisionista, da distribuição de terra a pequenos agricultores no processo de
descrédito e destruição da Reforma Agrária? Não resta um rendeiro na Herdade
dos Machados… Mas há muito hectare de agricultura intensiva e superintensiva.
Mas que se há-de fazer? “São aquelas loucuras típicas de Portugal”! As mesmas famílias políticas, PS, PSD e CDS,
que destruíram a Reforma Agrária, os mesmos que sabotaram a construção do
Alqueva enquanto existiu Reforma Agrária, os mesmos que enchem o Diário da
República e o discurso político com a palavra «sustentabilidade», produziram
milhares de hectares de insustentabilidade social, insustentabilidade
ambiental, insustentabilidade económica. Resta a sustentabilidade financeira,
mas como sabemos esta é de curto prazo. A terra não é hoje o ventre de uma
produção agrícola e pecuária atenta aos equilíbrios da natureza e às
necessidades de quem a trabalha e do país. A terra alentejana é hoje um “activo
financeiro”, concentrada na mão de grupos financeiros, incompatível com uma
agricultura familiar e cooperativas de produtores. No perímetro do Alqueva, nos
últimos 10 anos, cerca de 70% da terra mudou de mãos e o seu preço
multiplicou-se por seis! A exploração capitalista agrária intensiva,
“industrial”, de terras de dimensão latifundiária exige uma mão-de-obra
numerosa, barata e precária/sazonal, dispensável sempre que necessário. Nas heróicas
jornadas de Abril e Maio de 1962 o proletariado alentejano e ribatejano,
dirigido pelo seu Partido, conquistaram as oito horas de trabalho, pondo fim ao
trabalho escravo de sol a sol imposto pelos latifundiários. Quase sessenta anos
passados, o escândalo: trabalhadores nas mesmas terras trabalham 12 horas
consecutivas, em regime de quase escravatura.(…)» Agostinho Lopes, Terra,
Alentejo, em Odemira - Jornal Económico.
- Ex-banqueiro João Rendeiro condenado a dez anos de prisão
efectiva. Em causa estão crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança e
branqueamento de capitais que levaram a uma apropriação de 31 milhões de euros
por parte de quatro ex-administradores do BPP. Sónia Trigueirão, Público
15mai2021.
- «(…) Já sabíamos que Berardo tem por única propriedade
uma garagem e esta semana ficámos a saber que Vieira é proprietário de uma simples
casa destinada a palheiro. O BES emprestou dinheiro a empresas ligadas a Luís
Filipe Vieira aceitando o seu aval pessoal como garantia. Mas como é que um
indivíduo que tem propriedades no valor de cinco mil euros (o palheiro foi
entretanto vendido à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira por este preço) pode
garantir um crédito de 50 milhões como o da Imosteps? (…)» Susana Peralta, O
regabofe do BES num país sem consequências - Público 14mai2021.
- Em outubro de 2014 a Imosteps,
de Luís Filipe Vieira,
pagava uma viagem ao Brasil de 200 mil dólares em jato privado. Um mês depois a
Promovalor
tentava renegociar a dívida com o Novo Banco.
Expresso, via Miguel Prado. Um ano antes, a 4 de outubro de 2013, o "Turco"
Arif da Doyen pagou um jato privado onde Luis Filipe Vieira se deslocou a
Curitiba. Promiscuidade transversal e "Lava jato", comenta Rui Pinto.
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