São Tomé e Príncipe: exportação de óleo de palma ultrapassa a do cacau

• A quantidade de óleo de palma que São Tomé e Príncipe exportou em 2020 foi o dobro da do cacau exportado, mas quase metade em termos de valor monetário, segundo as estatísticas oficiais. A primeira unidade industrial de produção de óleo de palma em São Tomé e Príncipe começou a sua produção em dezembro de 2019, com uma capacidade para produzir 10.000 toneladas anuais de óleo de palma, através da empresa Agripalma, de capital belga (88%) e são-tomense (12%). Com um baixo custo de produção e um leque variado de aplicações - alimentos, detergentes, combustível, entre outros - é cada vez mais procurado, levando à plantação de vastos palmeirais, muitos deles em substituição das florestas autóctones, com custos para a flora e a fauna que nelas tinham o seu habitat. A exploração de óleo de palma começou em Ribeira Peixe, com o apoio da CEE à Empresa de Óleos Vegetais – EMOLVE e desenvolveu-se até 2007 após o esgotamento das plantas e o envelhecimento da maquinaria. Em 2009, a Agripalma, filial da STP Invest, expandiu a produção com vista a processar biocombustível para a Bélgica. Os agricultores de Príncipe protestaram contra o negócio, exigindo limites na área a explorar. A expansão avançou então para as florestas de Monte Carmo no parque natural de Obô, ultrapassando uma zona tampão do parque. O processo envolveu expropriações forçadas e conflitos. Em 2013 a oposição à extração de óleo de palma organizou-se e, em julho, o tribunal impôs restriçõess ao projeto de extração de óleo de palma. Porém, a decisão do tribunal não deteve o abate de floresta para dar lugar a palma, impondo apenas condições para a proteção de áreas específicas. Fontes: Lusa/Porto Canal e Environment Justice Atlas.

• Israel expande a busca pelo responsável do derrame de petróleo após descartar navio na Grécia. MEM. É espantoso como este país, passado uma semana, ainda não foi capaz de descobrir a fonte da maré negra que cobriu 170 Kms das suas praias. É uma desilusão para quem está habituado a ver o país como exemplo de rigor militar em todos os aspetos da sua vida, pródigo em vigilância sobre vizinhos e na venda de software de vigilância marítima à União Europeia.