quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

França: deputados propõem mascaras laváveis

  • Perante o boom de máscaras descartáveis em França, a Assembleia Nacional do país criou uma comissão especial para obter uma solução e concluiu que o uso de máscaras laváveis deveria ser recomendado ao público. Em 2020 foram usadas entre 7 e 14 mil milhões de mascaras descartáveis em França. A sua produção exige extração de petróleo, o seu fabrico e transporte representam uma pesada pegada ecológica e, como não há tecnologia de reciclagem em massa para este tipo de resíduos, as mascaras descartáveis acabam num aterro ou numa incineradora, ou, no pior dos casos, em cursos de água e no mar. Lucie Duboua-Lorsch, EurActiv.
  • Instalações solares na Alemanha aumentaram 21% com 4,8 GW em 2020. Harsh Shukla, Mercom India.
  • Mais de 100.000 toneladas de madeira ligada a um dos maiores escândalos madeireiros ilegais da Rússia entraram na Europa, apesar das rígidas leis de importação. O gigante madeireiro BM Group saqueou preciosas florestas de taiga, lar de ursos pardos, lobos e linces. Alexander Pudovkin é acusado da autoria de subornos e acordos corruptos para servir o seu império. As importações continuaram mesmo depois da divulgação do escândalo, nomeadamente por parte da Alemanha, França e Bélgica, graças à aplicação inadequada da legislação da UE e às alarmantes falhas do rótulo verde PEFC. Earthsight.
  • Se o carvão é o pior dos combustíveis fósseis e mais caro do que as energias renováveis, por que o Japão ainda o financia? pergunta Richard Dixon. Talvez porque 88% da energia japonesa é produzida a partir de combustíveis fósseis, a maior parte dos quais importada. Hiroshi Kajiyama, ministro da Energgia, admite que não é tão fácil introduzir renováveis no Japão como noutras zonas terrestres. Fontes: The Scotsman e Financial Times.
  • Alberta promete vigilância sobre minas novas, mas reduz a supervisão de rios poluídos com carvãoBob Weber, CBC.
  • Enormes volumes de madeira tropical ligados a uma vasta apreensão de madeira amazónica estão a ser exportados internacionalmente violando regulamentos de importação, depois de o regime de Bolsonaro ter suspendido as sanções contra uma fabicante de soalhos. Os produtos, feitos de espécies como Ipê e Cumaru, muitas vezes visados por madeireiros ilegais, são embarcados pela Indusparquet - empresa que em 2018 teve madeira no valor de milhões de dólares apreendidos pelo Ibama, tendo sido multada em R $ 995.762 ($ 259.030. Na altura, a operação foi considerada “a maior apreensão de madeira ilegal da Amazônia na história de São Paulo”. No entanto, poucos meses após Bolsonaro ter substituído o director do Ibama em São Paulo em 2019, a multa foi cancelada. E, apesar das revelações, as exportações aumentaram em 15% para os EUA. Earthsight.

Sem comentários: