A Escola Secundária de Lagoa, Açores, registou o Peregriana peregra no GenBank, a base mundial de registo de genética de milhares de seres vivos de todo o planeta. É um “caracolinho”, um molusco que transmite o parasita fasciola hepática às vacas, afetando a sua condição física e provocando elevadas perdas económicas.
A aventura começou em 2018 com uma turma do 12º ano da ESL integrada num projeto de Erasmus+ que se concretizou entre a Lagoa e a Suécia. «Como tínhamos esse parasita em comum nos dois países decidimos investigar esse tema», conta Alexandra Seara. Na Suécia, surgiram várias dificuldades: «O clima deles limitou-os muito na recolha de amostras e das vezes que saíram para o campo para apanhar os caracóis não os encontraram», sublinha a docente que coordenou a investigação realizada pelos ex-alunos Filipa Vieira, Diogo Sousa e Miguel Soares. Sorte diferente teve a equipa açoreana, que encontrou o que procurava na zona das Furnas.
A pesquisa contou com o apoio de Manuela Parente e Ana Cristina Costa, investigadoras do departamento de Biologia da Universidade dos Açores e do professor jubilado Frias Martins, malacólogo. O projeto mereceu uma menção honrosa na Mostra Nacional de Ciência, passaporte para a participação na Expo de Ciência do Luxemburgo que se irá realizar online em março de 2021. Sara Sousa Oliveira, Diário da Lagoa, jan2021.
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