sábado, 19 de dezembro de 2020

Portugal quer hidrogénio com urgência

  • Áustria, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo e Portugal pediram à União Europeia que priorize claramente as energias renováveis num projeto liderado pela UE com o objetivo de acelerar a introdução, investigação e implantação de infraestruturas de hidrogénio. Frédéric Simon, EurActiv.
  • Três jovens britânicos e a ONG Plan B avançaram com uma ação legal contra o governo britânico por não estar a combater adequadamente a crise climática. A iniciativa acontece no 5º aniversário do Acordo de Paris e é o mais recente de uma série de litígios em todo o mundo que visam responsabilizar governos e poluidores por alimentarem a crise climática. Dana Drugmand, DesmogUK.
  • Biden nomeia a congressista Deb Haaland para Secretária do Interior. Haaland é a primeira personalidade índia a liderar o departamento que supervisiona milhões de hectares de terras tribais, virando uma página na história sombria dos EUA e dando a uma mulher indía autoridade sobre terras roubadas. Haaland, cidadã de Laguna Pueblo, tem sido uma defensora do meio ambiente e das terras públicas dos EUA como vice-presidente da Comissão de Recursos Naturais da Câmara e presidente do Subcomissão de Parques Nacionais, Florestas e Terras Públicas. Ela defende um Novo Acordo Verde e uma lei para proteger 30% das terras e oceanos dos EUA até 2030. Após quatro anos de executivos e lobistas de combustíveis fósseis a esventrar territórios índios e locais sagrados para magnatas da indústria, a próxima secretária do Interior será uma mulher Laguna Pueblo que esteve nos grandes protestos de Standing Rock em 2016 e cozinhou para o povo. Ryan Schleeter, Greenpeace.
  • Há uma preocupação generalizada na comunidade científica sobre a mineração do fundo do mar e o impacto irreversível que teria sobre os ecossistemas oceânicos. Os economistas também projetam consequências de longo alcance para as indústrias e comunidades que dependem de um oceano saudável. A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos - a agência que, paradoxalmente, é responsável por licenciar a mineração do fundo do mar ao mesmo tempo que protege o oceano dos seus impacto – é desadequada ao fim em vista. Precisamos urgentemente mudar de curso, antes que um dano irreparável seja feito, defende o WWF. O mar vale mais do que apenas o valor dos seus recursos finitos. Os benefícios intrínsecos de longo prazo de um oceano saudável superam em muito qualquer incentivo de mineração do fundo do mar. A abertura desta nova fronteira para a mineração desestabilizaria ecossistemas oceânicos delicados e destruiria fatalmente as bases de uma economia oceânica circular. A crescente procura de metais e minerais não precisa de ser feita à custa da Terra. Há soluções alternativas - uma combinação de inovação, reciclagem e reparação pode satisfazer as necessidades de matérias-primas por parte das indústrias sem abrir o fundo do mar à mineração. Por isso, o WWF exige uma moratória global em todas as atividades de mineração no fundo do mar. A mineração não deve prosseguir até os riscos ambientais, sociais e económicos serem compreendidos e todas as alternativas aos minerais do fundo do mar terem sido exploradas. Então, será necessária regulamentação apropriada para proteger o meio ambiente marinho e o bem-estar humano.

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