quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Conservação: Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros

  • Os invertebrados são negligenciados em favor de mamíferos e pássaros, apesar do papel vital em ecossistemas saudáveis, conclui um estudo que incluiu a coautoria de Manuel Lopes-LimaRonaldo Sousa, respetivamente das Universidades do Porto e do Minho. O dinheiro disponibilizado pela UE para a conservação da vida selvagem é baseado numa espécie de concurso de popularidade, com os vertebrados recebendo quase 500 vezes mais financiamento para cada espécie do que os invertebrados. Ursos pardos, lobos, abutres e linces euro-asiáticos são as celebridades da conservação europeia e recebem quase a mesma quantia que todos os invertebrados juntos, Isso deixa pouco para criaturas menos carismáticas, como aranhas e crustáceos, muitos dos quais são cruciais para a saúde do ecossistema e com maior risco de extinção. Via The Guardian.
  • Os ricos poluem sempre mais do que os pobres, conclui o último relatório da Oxfam. Desde a década de 1990, os 10% mais ricos dos europeus foram responsáveis ​​por mais de um quarto (27%) das emissões da União Europeia, ou tanto como a metade mais pobre da população europeia. Pior, eles aumentaram as suas emissões em 3%. Já o 1% mais rico aumentou as suas emissões em 5%. Entretanto, a metade mais pobre da população da Europa reduziu as emissões em quase um quarto (24%) e os cidadãos de rendimento médio em 13%. O relatório também revela fortes desigualdades nas emissões entre os países. Os 10% mais ricos de alemães, italianos, franceses e espanhóis (cerca de 25,8 milhões de pessoas) são coletivamente responsáveis ​​pelo mesmo volume de emissões que toda a população dos 16 Estados-Membros combinados (ou seja, cerca de 84,8 milhões de pessoas). No entanto, devido às crescentes desigualdades e dependência do carvão, os 10% dos cidadãos mais ricos da Polónia (cerca de 3,8 milhões de pessoas) são responsáveis ​​por mais emissões do que toda a população de países como a Suécia (aproximadamente 9,8 milhões de habitantes) ou Hungria (aproximadamente 9,9 milhões de habitantes). Oxfam France, via Reporterre.
  • As dunas de areia costeiras do resort de golfe Donald Trump em Aberdeenshire perderam o seu estatuto especial de área ambiental protegida. A NatureScot disse que após a construção do campo Trump International Golf Links em Menie, a norte de Aberdeen, as dunas não merecem mais ser mantidas como parte do local de interesse científico especial. AP.
  • O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que o futuro energético e ecológico da França depende da energia nuclear. Falando durante uma visita às instalações da Framatome em Le Creusot, Macron disse que a indústria compreende 3.000 empresas e 220.000 empregos, com 5.000 novas contratações planeadas para 2021.
  • A ministra da Ecologia, Bárbara Pompili, anunciou que os voos domésticos serão proibidos em França quando for possível viajar de comboio em menos de 2,5 horas. Os voos de Paris para Lille, Bordéus, Nantes, Lyon ou Estrasburgo podem desaparecer. France Info.
  • O CEO da BlackRock, Larry Fink, alertou que o Brasil perderá atratividade no mercado financeiro internacional se a escalada da destruição ambiental seguir no país. “Vocês [Brasil] precisam ser agressivos em sustentabilidade como país e sociedade”, afirmou Fink durante a Conferência Itaú Amazônia. “É importante que o Brasil entenda que sustentabilidade pode ser um ativo”. Esta visão foi partilhada por Luis Stuhlberger, da Verde Asset Management, Ian Bremmer, da consultoria Eurasia e de Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco. ClimaInfo. Estamos tramados com estes fabricantes de greenwashing, paladinos da mercantilização da água, da Natureza, do Ambiente...

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