Conservação: Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros
- Os invertebrados são negligenciados em favor de mamíferos
e pássaros, apesar do papel vital em ecossistemas saudáveis, conclui um estudo que incluiu a coautoria de Manuel Lopes-Lima e Ronaldo Sousa, respetivamente das Universidades
do Porto e do Minho. O dinheiro disponibilizado pela UE para a conservação da
vida selvagem é baseado numa espécie de concurso de popularidade, com os vertebrados
recebendo quase 500 vezes mais financiamento para cada espécie do que os
invertebrados. Ursos pardos, lobos, abutres e linces euro-asiáticos são as
celebridades da conservação europeia e recebem quase a mesma quantia que todos
os invertebrados juntos, Isso deixa pouco para criaturas menos carismáticas,
como aranhas e crustáceos, muitos dos quais são cruciais para a saúde do
ecossistema e com maior risco de extinção. Via The Guardian.
- Os ricos poluem sempre mais do que os pobres, conclui o
último relatório da Oxfam. Desde a década de 1990, os 10% mais ricos dos europeus
foram responsáveis por mais de um quarto (27%) das emissões da União
Europeia, ou tanto como a metade mais pobre da população europeia. Pior, eles
aumentaram as suas emissões em 3%. Já o 1% mais rico aumentou as suas emissões
em 5%. Entretanto, a metade mais pobre da população da Europa
reduziu as emissões em quase um quarto (24%) e os cidadãos de rendimento médio
em 13%. O relatório também revela fortes desigualdades nas
emissões entre os países. Os 10% mais ricos de alemães, italianos, franceses e
espanhóis (cerca de 25,8 milhões de pessoas) são coletivamente responsáveis
pelo mesmo volume de emissões que toda a população dos 16 Estados-Membros
combinados (ou seja, cerca de 84,8 milhões de pessoas). No entanto, devido às crescentes desigualdades e
dependência do carvão, os 10% dos cidadãos mais ricos da Polónia (cerca de 3,8
milhões de pessoas) são responsáveis por mais emissões do que toda a
população de países como a Suécia (aproximadamente 9,8 milhões de habitantes)
ou Hungria (aproximadamente 9,9 milhões de habitantes). Oxfam France, via
Reporterre.
- As dunas de areia costeiras do resort de golfe Donald
Trump em Aberdeenshire perderam o seu estatuto especial de área ambiental
protegida. A NatureScot disse que após a construção do campo Trump
International Golf Links em Menie, a norte de Aberdeen, as dunas não merecem
mais ser mantidas como parte do local de interesse científico especial. AP.
- O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que o futuro energético e ecológico da França depende da
energia nuclear. Falando durante uma visita às instalações da Framatome em Le
Creusot, Macron disse que a indústria compreende 3.000 empresas e 220.000
empregos, com 5.000 novas contratações planeadas para 2021.
- A ministra da Ecologia, Bárbara Pompili, anunciou que os
voos domésticos serão proibidos em França quando for possível viajar de comboio
em menos de 2,5 horas. Os voos de Paris para Lille, Bordéus, Nantes, Lyon ou
Estrasburgo podem desaparecer. France Info.
- O CEO da BlackRock, Larry Fink, alertou que o Brasil
perderá atratividade no mercado financeiro internacional se a escalada da
destruição ambiental seguir no país. “Vocês [Brasil] precisam ser agressivos em
sustentabilidade como país e sociedade”, afirmou Fink durante a Conferência
Itaú Amazônia. “É importante que o Brasil entenda que sustentabilidade pode ser
um ativo”. Esta visão foi partilhada por Luis Stuhlberger, da Verde Asset
Management, Ian Bremmer, da consultoria Eurasia e de Candido Bracher,
presidente do Itaú Unibanco. ClimaInfo. Estamos tramados com estes fabricantes de greenwashing, paladinos da mercantilização da água, da Natureza, do Ambiente...
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