A Câmara de Arraiolos diz-se preocupada com os efeitos da plantação de um olival superintensivo no concelho e exige a intervenção das autoridades para serem acautelados os impactos no ambiente.
Lamentando não ter sido consultada sobre este projeto de cerca de 190 hectares, alerta para o facto de a rega ir ser feita a partir da albufeira do Divor, o que vai levar ao consumo excessivo de água desta reserva. E, devido aos níveis reduzidos de água nesta albufeira, a empresa responsável pela plantação do olival irá, muito provavelmente, recorrer a captação de água através da utilização de furos, os quais carecem do respetivo licenciamento por parte da Agência Portuguesa do Ambiente.
Além disso, a previsível aplicação de produtos fitofarmacêuticos em
áreas tão extensas e nas proximidades da população de Igrejinha, levanta muitas
questões relacionadas com saúde pública e qualidade da água e do ambiente. A
autarquia considera que este olival superintensivo não representa um fator de
desenvolvimento económico e de fixação populacional. «Antes pelo contrário, a
mão de obra é externa e sazonal e os resultados dos investimentos são
acumulados por sociedades externas que os aplicam noutras regiões ou inclusive
noutros países, como Espanha», sublinha. Perde-se também a oportunidade da
criação de zona de recreio público e náutica na albufeira do Divor, cuja
candidatura já foi apresentada a fundos comunitários.
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