Paredes: rio Ferreira com descargas poluentes depois da requalificação da ETAR de Arreigada
- «Formando grandes manchas cor-de-vinho à superfície das
águas, aparecia também um feto aquático originário da América
tropical, Azolla filiculoides, que aqui confirmava de modo exuberante a
capacidade invasora que lhe foi reconhecida pelo Decreto-Lei n.º 565/99. Esta planta só não é um
problema mais sério em Portugal porque não tolera o frio e desaparece (ou
remete-se à dormência vegetativa) durante o Inverno. Do ponto de vista
económico, a planta tem certas virtudes que não parece terem sido aproveitadas
em Portugal, e que a levaram a ser introduzida em muitas partes do mundo. A sua
capacidade de fixar azoto reforça a produtividade de arrozais e de outras
culturas aquáticas, e a planta pode ainda ser usada como fertilizante se
recolhida das águas.» Paulo Araújo, Dias com árvores.
- O BE volta a questionar o governo sobre descargas
recentes no rio Ferreira, no concelho de Paredes, mesmo depois da reabilitação
da ETAR de Arreigada. A deputada Maria Manuel Rola considera “intolerável que a
qualidade de vida da população local seja afetada durante tanto tempo”.
- No Reino Unido, as igrejas dizem que querem ações sobre
as alterações climáticas, mas as dioceses do Reino Unido ainda têm quase £ 18
milhões investidos em empresas de combustíveis fósseis. Frances Rankin, DesmogUK.
- Todas as bases das turbinas para a central eólica de
Seagreen, ao largo da costa da Escócia, vão ser fabricadas a milhares de quiómetros
do Mar do Norte, apesar do apoio do governo escocês, que patrocinava a BiFab, com
os seus estaleiros em Burntisland e Methil. O grupo norte-americano Fluor
Corporation confirmou que a sua joint venture chinesa COOEC-Fluor Heavy
Industries fará as 84 bases e caixas de sucção para a Seagreen. As
restantes serão fabricadas pela Lamprell, nos Emiratos Árabes Unidos. Rob McLaren, Energy Voice.
- Na Amazónia, houve mais incêndios nas duas primeiras
semanas de setembro do que no mesmo mês inteiro de 2019. Questionado sobre o
cenário, o vice-presidente Hamilton Mourão, que coordena o Conselho da Amazónia,
disse inicialmente que faltou dinheiro. Mostramos que as declarações do general eram falsas. Dias depois ele mudou de estratégia, repetindo os ataques
de Bolsonaro ao Inpe, que na crise dos incêndios de 2019 já haviam resultado na
demissão do físico Ricardo Galvão. Na versão 2020, Mourão acusou “alguém” do Inpe de fazer “oposição” ao
governo por priorizar a divulgação de dados negativos. Monitorizados desde
1998, os dados oficiais sobre incêndios são públicos (por enquanto). Estão na internet para quem quiser ver, e quem viu não gostou: oito países europeus, liderados
pela Alemanha, enviaram uma carta a Mourão questionando a falta de “ações reais
imediatas” para reduzir o desmatamento. A carta do Grupo de Amsterdão é uma declaração, em linguagem diplomática, de que o
acordo comercial com a UE está por um fio. Facebook.eco.
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