Reino Unido: frete à Flybe compromete metas climáticas
- A British Airways apresentou uma queixa à UE, alegando que o resgate da Flybe pelo governo do Reino Unido viola as regras de auxílio estatal, enquanto EasyJet e Ryanair defendem que os fundos dos contribuintes não devem ser usados para salvar aquela empresa rival. Para Matt Hancock, ministro da Saúde, o povo britânico deve continuar a fazer voos curtos apesar da crise climática. O editorial do Financial Times considera que o acordo do governo para salvar a Flybe, compromete o compromisso do governo de ser um líder global contre a crise climática e conclui que os impostos das companhias aéreas deveriam ser aumentados para ajudar a financiar alternativas mais limpas, como comboios e autocarros elétricos, e até mesmo canalizados para o desenvolvimento de aeronaves elétricas de baixo carbono. No The Daily Telegraph, o próprio cético do clima Ross Clark diz que o bailout à Flybe só beneficia os londrinos ricos.
- Ativistas da Extinction Rebellion (ER) bloquearam as entradas da sede da Shell em Aberdeen, protestando contra o s projetos da petrolífera de aumentar a sua produção de petróleo e gás em 35%. BBC.
- A Câmara Municipal de Cumbria, Inglaterra, licenciou uma mina de carvão considerando-a neutra em carbono, tendo a sua proprietária, a West Cumbria Mining, dito que o projeto criará cerca de 500 empregos. Mas um relatório da Aliança Verde apartidária argumenta que a mina de carvão prejudicaria a capacidade do Reino Unido de cumprir as suas metas de combate à crise climática. O governo prometeu eliminar gradualmente a produção de energia a carvão até 2025, mas essa promessa não se aplicará à mina proposta, que produzirá principalmente carvão metalúrgico para a produção de aço. Longe de reduzir as emissões, o carvão extraído desta mina emitiria cerca de 420 milhões de toneladas de dióxido de carbono durante 50 anos – quantidade semelhante às emissões anuais do Reino Unido - calcula o relatório, que afirma que as emissões anuais do uso do carvão extraído da mina seriam mais do dobro das emissões líquidas anuais da Cumbria. DeSmogUK.
- A Alemanha e a Polónia serão as maiores beneficiárias de um novo fundo da UE de 100 biliões de euros, concedido para ajudar as regiões dependentes de carvão a avançar para uma economia mais verde. Reuters.
- Catalogado como prejudicial à saúde dos suíços – e, portanto, proibido no mercado suíço desde 2005 – o pesticida profenofós, é exportado pela Syngenta para o Brasil, contaminando campos e águas. Segundo a Public Eye, 37 toneladas de profenofos foram exportadas da Suíça para o Brasil em 2018. Extremamente nefasto para os organismos aquáticos, aves, abelhas, o profenofós é um potente neurotóxico que também pode afetar o desenvolvimento cerebral de seres humanos, particularmente de crianças, de acordo com fontes científicas.
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