segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cimeira do Clima: acordo frusta pressões e expetativas da sociedade civil

  • A Assembleia da República aprovou uma recomendação do BE ao governo para que crie um plano nacional de controlo do Jacinto-de-água. Esta espécie invasora está presente em todo o território nacional, ameaçando as massas de água e a biodiversidade, nomeadamente na Pateira de Fermentelos, Requeixo e Carregal e em vários rios. A proposta recomendou também uma campanha de sensibilização para difundir o caráter invasor da espécie, os riscos que apresenta para os ecossistemas e para a necessidade de não a reproduzir ou utilizar como planta ornamental. Recomenda igualmente a aquisição de maquinaria adaptada para o controlo e remoção da espécie de massas de água. Notícias de Aveiro.
  • A EDP vai testar a produção e armazenamento de hidrogénio na Central Termoelétrica do Ribatejo, no Carregado. O projeto, que deverá ser apoiado pela União Europeia, arranca no início de 2020. Eco.
  • A Cimeira do Clima foi encerrada em Madrid com um acordo que não assume o principal desafio de aumentar a ambição de responder à emergência climática de acordo com as indicações científicas, dizem os Ecologistas en Acción. O artigo 6, que regulamenta os mercados de carbono e os mecanismos de desenvolvimento limpo, foi adiado para a próxima cimeira em Glasgow, o que seria positivo se as tentativas de alguns países de usá-lo mal não persistirem. Outros aspetos importantes também foram adiados, como o reforço do financiamento para o Fundo de Adaptação, para o Fundo Verde para o Clima e a criação de outro para o Mecanismo Internacional de Varsóvia sobre perdas e danos. Os Ecologistas en Acción realçam o enorme esforço de pequenas nações que optaram pela integridade climática contra as reivindicações de países como os EUA e Brasil para bloquear o Acordo de Paris e sublinham a importância das mobilizações em massa da sociedade civil, que marcaram um ponto de viragem no combate climático. «O Acordo de Paris pode ter sido vítima de uma estratégia do tipo bate-e-foge por parte de economias poderosas do carbono, mas essas estão do lado errado dessa luta, do lado errado da história», disse Jennifer Morgan, diretora executiva da Greenpeace International, citada pela AP. «Os bloqueadores climáticos como o Brasil e a Arábia Saudita, alavancados por uma liderança chilena irresponsável e fraca, venderam acordos de carbono e atropelaram cientistas e a sociedade civil», concluiu. Helen Mountford, do Instituto de Recursos Mundiais, um laboratório de ideias ambientais, disse que as conversações «refletem como os líderes dos países estão desligados da urgência da ciência e dos apelos dos seus cidadãos nas ruas. Eles precisam acordar em 2020», acrescentou. É que, segundo Manuel Planelles, no El País, «Quando se lêem os textos finais desta Cimeira, parece que governos e líderes foram colocados numa sala à prova de som durante esta cimeira». Apenas 84 países se comprometeram a apresentar planos mais rígidos em 2020. Deste compromisso fazem parte a Alemanha, França, Espanha e Reino Unido. O problema é quem não está lá: os EUA, a China, a Índia e a Rússia, que, juntos representam cerca de 55% das emissões globais de efeito estufa, e que não deram sinais durante esta cimeira de quererem ser mais ambiciosos.
  • A poluição do ar forçou escolas de várias cidades iranianas a fechar devido a espessa nuvem de fumo que cobria essas zonas. AFP/Terra Daily.

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