quarta-feira, 31 de julho de 2019

Aveiro: concessão piorou serviço de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos

  • Desde o início de 2019 foram feitas 798 denúncias relacionadas com descargas poluentes em recursos hídricos, o que dá cerca de quatro denúncias por dia, informa a GNR. Apesar de as denúncias terem diminuído nos últimos dois anos, o número de contraordenações registadas aumentou. Braga lidera a tabela dos distritos com mais ocorrências registadas: só este ano, a GNR já anotou 53 casos de descargas poluentes em rios ou lagoas. Os distritos a norte de Lisboa, aliás, surgem como aqueles onde se registam mais descargas poluentes. Viseu segue-lhe, com 39 situações, e depois Santarém, com 38. O rio Este, em Braga, é dos mais preocupantes, já que entre 2014 e 2018 motivou mais de 80 denúncias. Em janeiro contabilizaram-se pelo menos três descargas e, em abril, outra descarga provocou a morte de dezenas de peixes, e a textura de óleo era bem visível. Grande parte das descargas que têm como destino o rio Este têm origem nas águas das pedreiras, explorações industriais e agropecuárias. O Bloco de Esquerda tem sido um dos partidos que mais têm denunciado as constantes descargas nos rios. Sol. «O Bloco de Esquerda tem sido um dos partidos que mais têm denunciado as constantes descargas nos rios.» Estranho… e os Verdes? E o PAN? 
  • A ETAR de Arreigada, em Paços de Ferreira, agora em obras, é acusada de descarregar efluentes sem tratamento, o que afeta a saúde dos vizinhos, que se queixam dos maus cheiros, dejetos, lodos e pragas de mosquitos que põem em causa a saúde pública num rio transformado num esgoto a céu aberto. O presidente da Junta de Lordelo, Nuno Serra, refere  que o problema é antigo, mas que piorou nestas últimas semanas devido às obras. “O cheiro é horrível, os dejectos vinham em estado sólido, a cor da água piorou e há pragas de mosquitos. Quem mora à beira rio não pode abrir uma janela. Há gente a mudar de casa e quem tenha ido para casa de familiares”, diz para justificar pedir à população que faça queixas junto das entidades responsáveis, a GNR, a Agência Portuguesa do Ambiente e o próprio Ministério do Ambiente. O autarca refere ainda que existem queixas em tribunal a decorrer há vários anos contra a Câmara de Paços de Ferreira e a concessionária Águas de Paços de Ferreira, devido às descargas da ETAR de Arreigada, mas sem grandes avanços. Verdadeiro Olhar.
  • A descarga, no Estuário do Douro, em Lordelo do Ouro, de milhares de metros cúbicos de papel higiénico, pensos e outras matérias poluentes, ao longo de três horas consecutivas, originou protestos da Associação dos Pescadores Profissionais e Desportivos do Cais do Ouro (APPDCO). A Câmara do Porto diz que a Polícia Marítima verificou, in loco, o normal funcionamento de todos os mecanismos da ETAR das Sobreiras e não registou qualquer anomalia. Público.
  • Em Aveiro, a concessão do serviço de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos à Veolia «não resultou em qualquer melhoria, pelo contrário (…) verificou-se uma degradação da salubridade pública, aumento da sujidade, atrasos na recolha do lixo, dificuldades nos serviços de recolha porta-a-porta de resíduos verdes e objectos de grandes dimensões», escreve Filipe Guerra, no Notícias de Aveiro.
  • Estudo de Impacte Ambiental viabiliza aeroporto do Montijo mas alerta que milhares de pessoas vão ser fortemente afetadas pelo ruído, sobretudo no Barreiro e na Moita, e que haverá um impacto significativo para várias espécies de aves. «A incomodidade é entendida como um conjunto de reações negativas como irritação, insatisfação, raiva, ansiedade, agitação ou distração, que ocorre quando o ruído perturba as atividades diárias de um dado indivíduo (...»" e as perturbações do sono abrangem o «adormecer, despertar, duração reduzida do sono, alterações das fases e profundidade do sono, e aumento do número de movimentos corporais durante o sono», explica o documento. SIC. Entre 2300 estudos de impacte ambiental submetidos nos últimos 25 anos, só 144 tiveram decisão desfavorável. Isto é, apenas 6% das decisões sobre avaliações de impacto são desfavoráveis. Em última análise, a decisão é política, avisam ambientalistas. Se o aeroporto do Montijo for criado, por ano, três milhões de aves estarão no caminho dos aviões, titula o Público, em jeito de comentário.


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