Bico calado
- Relatório internacional: Portugal volta a fazer má figura na prevenção da corrupção, titula o Expresso. Entre os 49 países que integram o Greco, um organismo criado pelo Conselho da Europa para monitorizar a corrupção, Portugal destaca-se entre os 16 que não cumprem boa parte das recomendações. Portugal é ainda o país com maior percentagem de medidas ainda por implementar. Meteram o Rui Pinto na prisão e agora queixam-se.
- «São mais de 500 os benefícios fiscais existentes em Portugal. Esta é uma das conclusões do relatório do Grupo de Trabalho para o Estudo dos Benefícios Fiscais(GTEBF), tornado público na semana passada. O número impressiona por uma razão óbvia: um benefício fiscal é uma excepção às regras gerais sobre o pagamento de impostos. Meio milhar de casos soa mais a regra do que a excepção.(…) a análise desenvolvida pelo GTEBF mostra que em muitos casos não é possível identificar de forma clara os motivos que justificam a existência dos benefícios. Quem lê os textos legais que os criaram não consegue perceber que objectivos específicos visam atingir. (…)Ao contrário dos subsídios, a despesa associada aos benefícios fiscais não é apresentada no Orçamento do Estado por função orgânica, o que significa que não afecta o orçamento de cada Ministério. Na perspectiva de um ministro ou de um secretário de Estado que, por algum motivo, queira satisfazer os interesses de qualquer grupo de pressão, os benefícios fiscais são uma forma barata de fazer política. (…)O problema agrava-se porque em vários casos é muito difícil apurar a despesa fiscal associada ou sequer o número de beneficiários - seja antes ou depois da entrada em vigor do benefício. O resultado é a proliferação de excepções à regra que representam um custo para o país, mas que não sabemos de facto se cumprem uma função útil do modo mais adequado. (…) » Ricardo Paes Mamede, DN 25jun2019.
- O New York Times reconheceu publicamente que envia algumas das suas estórias ao governo dos EUA para aprovação prévia. Provas? Em 15 de junho, o Times informou que o governo dos EUA estava a aumentar os seus ataques cibernéticos à rede elétrica russa. Em resposta ao artigo, Donald Trump atacou o Times no Twitter, considerando o artigo «um ato virtual de traição». O New York Times PR respondeu a Trump a partir de sua conta oficial no Twitter, defendendo a estória e observando que, de facto, ela tinha sido esclarecida com o governo dos EUA antes de ser publicada. «Acusar a imprensa de traição é perigoso», disse o NYTimes. «Nós descrevemos o artigo para o governo antes da sua publicação.» Ben Norton, The Grayzone.
- Dez anos depois da morte, Michael Jackson sobrevive aos escândalos, titula o Público. Tudo porque, depois dele, a produção deste tipo de música tem sido abaixo de medíocre, digo eu.
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