quarta-feira, 22 de maio de 2019

Três empresas portuguesas violam regras REACH de segurança no uso de substâncias químicas

  • A EDP - Gestão da Produção de Energia, de Lisboa, a Tejo Energia, de Paço d'Arcos e a Nemoto Química Fina, do Pombal são as empresas portuguesas entre as mais de 650 em incumprimento da regulamentação de segurança no uso de substâncias químicas, revelam os ambientalistas da BUND. Os dados consultados pela BUND são de 2014, mas permitiram concluir que pelo menos 940 substâncias químicas utilizadas por centenas de companhias investigadas não respeitavam as regras REACH, isto é, as regras de registo, avaliação, autorização e restrição do uso de substâncias químicas. A Alemanha tem o maior número de empresas incumpridoras, com 169. O Reino Unido tem 80, a Holanda, 68; a França, 56; a Itália, 49; e a Espanha, 42. Apenas Malta e Letónia não tem empresas implicadas nesta escândalo de violação de regras europeias. Do top-10 mundial de empresas do setor químico, há pelo menos cinco implicadas, denuncia a EEB: BASF, Dow Chemical, SABIC, Ineos, ExxonMobil, a 3M, a Henkel, a Sigma-Aldrich, a Solvay, a Du Pont, a Clariant, a Thermo Fisher, a Michelin. A BP, a Endesa e a BASF/Monsanto. EuroNews.
  • Os escoceses registam o índice europeu mais baixo de energia térmica proveniente de renováveis, revelam dados oficiais. Apenas 6% de todo o aquecimento na Escócia é sustentável, um décimo da proporção na Suécia, a nação com melhor desempenho na União Europeia. The Herald.
  • Um grupo de ativistas ambientais tentou interromper a reunião anual de acionistas da Royal Dutch Shell em Scheveningen, Haia. Uma porta-voz do Code Red, Talissa Soto, dirigiu-se ao conselho, dizendo que os negócios da Shell não podiam ser conciliados com o aquecimento global e que a única solução era que o seu modelo de negócios «se torne história». «Vocês estão a testemunhar a última AGM da Shell», disse. O CEO da Shell, Ben van Beurden, afirmou que a empresa queria fazer tudo direito, mas que a indústria de energia não podia trabalhar sozinha. «A nossa empresa quer estar do lado certo da história e estamos a fazer tudo o que é necessário, mas não podemos fazê-lo sozinhos e, na verdade, nem mesmo toda a indústria de energia pode fazer isso sozinha», disse. «Se não podemos fazer isso juntamente com os clientes, reguladores, decisores políticos, isso não vai acontecer. É por isso que eu acho que todos temos que tentar avançar, em vez de acusar, polarizar e usar posturas inúteis». Reuters.
  • Na Rússia, o Serviço de Defesa do Consumidor, Rospotrebnadzor, abriu um processo de violação administrativa contra a Nestlé Rússia depois de encontrar papaia geneticamente modificada na mistura instantânea de aveia e cereais da empresa. RT.
  • A Greenpeace vai ser indemnizada em 2,7 milhões de euros pela Rússia segundo um acordo alcançado entre o Estado holandês e Moscovo. O acordo deve encerrar anos de batalhas judiciais após a apreensão pelas autoridades russas de um navio da Greenpeace de bandeira holandesa, o Arctic Sunrise, em 2013 e a prisão de 30 pessoas a bordo. Agentes russos capturaram o Arctic Sunrise em águas internacionais após um protesto contra uma plataforma de petróleo. A tripulação foi detida durante meses e libertada pouco antes das Olimpíadas de Sochi, em 2014. The Moscow Times. Vagamente relacionado: 10 julho 1985: a secreta francesa coloca bombas no Rainbow Warrior, um navio da Greenpeace, na ocasião no rasto de ensaios nucleares franceses no Pacífico. Fernando Pereira, fotógrafo português, de Vila do Conde, morre. A polícia neozelandesa prende dois agentes secretos franceses por posse ilegal de passaporte. Os detidos admitem participação no ato de sabotagem e são condenados a 10 anos de prisão. A França retalia e impõe um embargo à importação de produtos neozelandeses para a Europa. As Nações Unidas obrigam a França a levantar o embargo e a pagar uma indemnização de 7 milhões de dólares à Nova Zelândia. Esta devolve os detidos à França. A França indemniza a Greenpeace em 8 milhões. Os dois agentes secretos são, pouco depois, libertados e promovidos. Anos mais tarde, descobre-se que um deles é patrão de uma fábrica de armas que as comercializa para a Nova Zelândia e para a secreta norte-americana.

Sem comentários: