quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Lembram-se do Prestige, há 16 anos?


Para relembrar o filme da tragédia, o Ambiente Ondas3 sugere a consulta dos textos publicados em 4 de janeiro de 2006, 11 de dezembro, 13 de novembro de 2007 e 9 de junho de 2010. Posteriormente, em 12 de outubro de 2012, o Ambiente Ondas3 referia, citando os Ecologistas en Acción e o Público, que, «dez anos após o naufrágio do petroleiro que pintou de negro as costas da Galiza, das Astúrias, da Cantábria e do País Basco, não há protocolo nenhum a seguir em caso de situação semelhante», e que «nem Nem Mariano Rajoy, nem Miguel Arias Cañete, nem José María Aznar nem Francisco Álvarez-Cascos foram responsabilizados e penalizados (…) Os políticos não sofreram nenhuma penalização política pela sua incompetência e nem sequer se criou uma comissão parlamentar para investigar a gestão da catástrofe». Recentemente, em 28 de janeiro de 2016, o Ondas3 registava que o Supremo Tribunal espanhol condenou o capitão do Prestige a 2 anos de prisão e o proprietário e a seguradora britânica do petroleiro (London P&I Club) a pagar indemnizações calculadas em 920 milhões de euros. O naufrágio do Prestige ocorreu em novembro de 2002, tendo provocado uma enorme maré negra que contaminou cerca de 3 mil quilómetros das costas da Galiza e de Portugal. A Greenpeace considera que o capitão do Prestige foi usado como bode expiatório para encobrir figuras de proa com enorme responsabilidade no evoluir dos acontecimentos que descambaram em catástrofe, nomeadamente o ex primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy (PP). Na altura, como vice-primeiro ministro de José María Aznar, ordenou que o navio se afastasse da costa em vez de desencadear uma operação de emergência exigindo que fosse rebocado para dentro de um porto onde o ´crude pudesse ser confinado. Pior: menosprezou a gravidade do desastre, inclusive repetindo que as manchas negras que se viam junto do navio que se afundava não passavam de pequenos fios de barro.

Em Malta, a Oposição exigiu a demissão do ministro do turismo e do principal assessor do primeiro-ministro na sequência de uma investigação da Reuters e do Times of Malta ter revelado que receberam dinheiro da offshore 17 Black, sediada no Dubai, via Panamá. O ministro do Turismo, Konrad Mizzi, era o ministro responsável pela energia na época em que um grande contrato de uma central de energia foi adjudicado pelo governo a outra empresa, um de cujos diretores possuía secretamente a 17 Black. EURactiv.

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