quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Reflexão – quem sofre mais com os furacões?


«(…) os furacões podem matar qualquer um de qualquer classe, em qualquer sítio perto da costa. Mas está amplamente provado que os furacões atingem duramente as comunidades pobres e minoritárias. Elas são mais vulneráveis aos riscos de desastres naturais. Florence e Mangkhut provam isto mesmo. Houve mais destruição e mais perdas de vidas em zonas pobres e remotas.
(…) Levará tempo para perceber os impactos económicos de Florence nas comunidades mais pobres e rurais da Carolina do Norte. Mas já é bem evidente que elas estão a suportar uma carga desigual da tempestade. Na segunda-feira, a energética da Carolina do Norte, a Duke Energy, admitiu o derrame de resíduos metais tóxicos devido ao colapso de dois dos seus tanques de cinzas de carvão. Várias lagoas de retenção de efluentes de suiniculturas também tinham transbordado com as chuvas torrenciais. E é precisamente nestas zonas que vivem as comunidades hispânicas de baixo rendimento.
(…) A Carolina do Norte é capaz de recuperar de um furacão com relativa rapidez. É um estado relativamente bem desenvolvido, não está longe da sede da FEMA em Washington, D.C. O mesmo não se pode dizer de Porto Rico, onde cerca de 45% dos moradores vivem na pobreza, já não tinham infraestruturas decentes de esgotos, eletricidade e estradas quando o furacão Maria o atingiu o ano passado. Além disso, não conseguiu receber ajuda adequada, devido ao isolamento e à indiferença política. Quase 3.000 pessoas morreram.(…)»

Emily Atkin, in The Unequal Burden of Climate Change - The New Republic, 18set2018.

1 comentário:

OLima disse...

Hurricane flooding exposes mass poverty, class oppression in America
By Ed Hightower and Barry Grey
20 September 2018
http://www.wsws.org/en/articles/2018/09/20/flor-s20.html