Imagem colhida aqui.
Esgotou-se a paciência dos habitantes de Groningen, no nordeste da Holanda. Depois de milhares de pessoas terem participado numa marcha luminosa em 6 de fevereiro de 2017, dezenas de tratoristas manifestaram-se na última semana de janeiro com os seus tratores perto do parlamento, em Hague, exigindo ao governo a redução da extração de gás ou o seu fim. Exigiram também indemnizações para os estragos e os prejuízos causados pela extração de gás, através da fraturação hidráulica, nas suas casas e explorações agrícolas. Na altura, o Parlamento debatia o tema, enquanto o ministro da Economia preconizava um entendimento com a França e a Alemanha nessa matéria. Os ânimos estavam exaltados uma vez que estes problemas estavam a ser ignorados pelo governo há cinco anos. Pior: Nederlandse Aardolie Maatschappij (NAM ) é acusada de ter sonegado dados acerca dos riscos de tremores de terra associados à produção de gás.
Os protestos foram despoletados após 900 edifícios terem sido danificados em 8 de janeiro janeiro passado por um tremor de terra de grau 3,4, o maior desde 2012. Registaram-se 18 tremores de terra de intensidades nunca inferiores a 1,5 na zona apenas em 2017, segundo os dados da própria Shell. Este poço de gás, o maior da europa, foi descoberto em 1959, tendo sido explorado desde 1963 pela NAM, um consórcio da Shell e da ExxonMobil.
Estas empresas garantem solidez suficiente para compensar as 14 mil queixas e processos de indemnização até agora apresentados, tendo o governo anunciado a criação de uma comissão independente para avaliar estas reclamações.
Sem comentários:
Enviar um comentário