quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Bico calado

Imagem colhida aqui.
  • «(…) E no campo da ética e da transparência, a situação é preocupante e exige uma radical mudança de atitude por parte do actual executivo [da câmara municipal de Ovar]. É necessário que a adjudicação de empreitadas tenha mais em conta os méritos do que as influências (um problema infelizmente transversal ao nosso país), e mais do que tudo, histórias pouco bonitas como a angariação e transporte de militantes têm forçosamente de acabar porque está em causa a imagem do nosso concelho. Na política, não pode valer tudo, e nem o lema de Maquiavel em que os "meios justificam os fins" deve ser utilizado como método de inspiração. E é aí que o edil [Salvador Malheiro] e a sua equipa têm perdido sucessivas batalhas morais umas atrás das outras. Claro que para muitos as batalhas morais não interessam para nada e são apenas "desculpas dos derrotados", mas a verdade é que o país não avança por causa desta mentalidade de que tudo vale para vencer. (…)» Via Cusquices de Esmoriz.
  • «(…) Rio orgulha-se do rigor na gestão orçamental da Câmara do Porto, sem referir que foi conseguido à custa de redução do investimento (de 100 para 21 milhões) e da venda de imóveis sem escrutínio (nunca chegou a haver um inventário). A frugalidade e o rigor com que se apresenta contrastam com a sua condução de dossiers polémicos: o dinheiro gasto nas corridas de automóveis, incluindo as obras da Av. da Boavista, pagas em adiantado pela Metro do Porto sem autorização do Governo; a participação da Câmara no fundo imobiliário para reconstrução do bairro do Aleixo, que nunca construiu uma casa, mas onde se juntaram o Grupo Espírito Santo e Vítor Raposo (ex-deputado do PSD com ligações ao BPN condenado num processo centrado em Duarte Lima); os contratos swap ruinosos assinados pela Metro do Porto com o seu conhecimento quando era administrador não-executivo; ou as PPP do Bolhão e do Palácio de Cristal, que nada deram a não ser em prejuízo. À luz dos mandatos de Rio, a crítica velada à insensibilidade social de Passos não passa de oportunismo. João Salaviza lembrou, a propósito do seu novo filme em competição em Berlim, o momento em que Rio assistiu, num barco de luxo no Douro, à implosão de uma das torres do Aleixo, perante o desespero dos moradores. (…) Rio fala do desinvestimento na Saúde, quando os gastos públicos na Saúde estão a aumentar (pouco, é certo). Mas diz, ao mesmo tempo, que faria "igual ou pior" que Maria Luís Albuquerque nas Finanças, quando a regra eram os cortes. Também já defendeu o regresso à Educação de Crato. Falta saber muito sobre o programa do PSD, mas já sabemos muito sobre Rio, e dificilmente pode alguém ser quem não é.» Mariana Mortágua, in Rui quê?JN 20fev2018.
  • O ministro da Defesa de Portugal, Azeredo Lopes, entregou dez lanchas à Marinha de Guerra de Moçambique no âmbito da cooperação bilateral entre os dois Estados. Em abril de 2016, o Wall Street Journal divulga escândalo: «Moçambique escondeu de investidores empréstimo de 622 milhões. O dinheiro foi obtido em 2013, ano do auge das descobertas de gás natural no país, e serviu para financiar a compra de navios e radares para combater a pirataria, em vez de ter sido usado para reestruturar a dívida da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM), como tinha sido decidido.
  • O ex-chefe da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pressionou a atual comissão em nome da Goldman Sachs, confirmou um dos vice-presidentes da comissão numa carta datada de 31 de janeiro de 2018 e enviada ao ativista do Corporate Europe Observatory. Via EUObserver.
  • «(…)  a saída do Reino Unido da UE liberta 73 mandatos no PE. Como explicar que um estado-membro, como Portugal, que perdeu sucessivamente deputados com anteriores alargamentos da UE, voltasse novamente a perder quando esta "encolhe" com a saída do Reino Unido? (…) os maiores beneficiários desta proposta acabam por ser os estados-membros que reconhecidamente já detêm um poder excessivo no processo de decisão do Conselho (o outro órgão codecisor), agravando uma injustiça preexistente. (…)» João Ferreira in Uma derrota feita "vitória" - JN 20fev2018.
  • O filho mais velho de Trump deslocou-se a New Delhi para promover a venda de apartamentos de luxo construídos por Trump nos arredores da capital indiana. AP.

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