terça-feira, 29 de agosto de 2017

Amazónia: mineradoras souberam 5 meses antes do anúncio oficial

Foto: Rose + Sjölander/Greenpeace.
  • O Ministério do Ambiente vai investir 22 milhões de euros no Algarve até final do ano. «São intervenções muito importantes para reforçar o cordão dunar, como a dragagem da Ria de Alvor e as dragagens das barras da Fuzeta e Armona, a Ria de Faro, sendo que tudo o que for dragado será reposto nas dunas para as consolidar face ao avanço do mar», anunciou Matos Fernandes. Diário Online.
  • Os projetos de conservação da vida e biodiversidade da União Europeia levaram à criação de cerca de 3 mil empregos entre 2007 e 2014, e a Espanha é o segundo país depois de Itália, onde mais empregos verdes foram criados. La Vanguardia.
  • A Junta de Castilla e León pretende avançar com um funicular de 1 km para subir o Pico del Fraile. Os promotores dizem que o projeto vai criar emprego e dinamizar a economia na zona do Lago de Sanábria. Os adversários do projeto alegam que o dinheiro previsto seria muito mais útil se aplicado na melhoria e na ampliação das infraestruturas sanitárias. Além disso, o funicular vai agredir a paisagem, não liga povoações e é redundante porque já há acesso automóvel e inúmeros miradouros de onde se pode apreciar toda a panorâmica. La Crónica Verde.
  • Mais de 820 mil carteiras escolares vão ser fabricadas a partir da madeira apreendida durante a "Operação Tronco", levada a cabo pelas autoridades moçambicanas em março de 2017. FB.
  • A Ilha Grande foi a resposta do Brasil a Alcatraz. Agora as suas praias limpas, a floresta virgem e as águas cristalinas atraem turistas de todo o mundo. DW.
  • Os investidores e as mineradoras canadianas souberam da extinção da reserva na Amazónia 5 meses antes do anúncio oficial. Tudo pela boca do próprio ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Posteriormente, em junho, dois meses antes da extinção oficial da reserva amazónica, a Câmara de Comércio Brasil-Canadá anunciou uma nova Comissão de Mineração, específica para negócios no Brasil. Na ocasião, o coordenador dessa comissão defendeu a abertura da área amazónica para pesquisas minerais, sublinhando que a «mineração protege a natureza», que «não há uma corrida» para explorar a região da Renca. O empresário Paulo Misk, coordenador da recém-criada Comissão de Mineração da Câmara de Comércio canadiana, pensa que a ocupação da região por empresas de mineração deve inibir a presença de garimpeiros, cuja atuação irregular na região já resulta em contaminação de rios por mercúrio. Porém, o geógrafo Luiz Jardim, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, pensa de maneira diferente: «A experiência no rio Tapajós, no Pará, mostra o contrário. O garimpeiro esta interessado em minas superficiais, a mineradora chega a veios mais profundos. Eles coexistem e a exploração formal pode até incentivar a vinda de mais garimpeiros.» BBC.
  • A maior barragem do Camboja está quase pronta. Situada no rio Sesan, afluente do Mecão, custou 800 milhões de dólares e vai deslocalizar 400 famílias das aldeias de Srekor e Kbal Romeas. NPR.

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