Foto: Joel Sartore/AP
- «O Senhor Conselheiro de Estado e comentador da SIC, Luís Marques Mendes, não antecipou este resultado. O resultado já tinha sido publicado! Esta falsa antecipação é grave na medida em que se pode gerar na opinião pública a ideia que Luís Marques Mendes tenha qualquer privilégio de acesso antecipado às estatísticas oficiais do INE, o que não sucede". Estas afirmações podem afetar negativamente a confiança da opinião pública sobre a forma como o INE exerce a sua missão de serviço público». TSF.
- «(…) Afinal, se morreram 64 pessoas e ninguém assume a responsabilidade por isso, a culpa é da floresta. A demagogia que se instalou imediatamente a seguir sobre este assunto é de fazer corar de vergonha qualquer um. "Legisle-se sobre tudo, antes de os deputados irem de férias", ordenou o Presidente da República. E os deputados, bem-mandados, lá pegaram no assunto que estava esquecido numa qualquer comissão das catacumbas do Parlamento e sentaram-se à mesa a conversar. Para grande surpresa nacional, não chegaram a acordo. O tema queima, de facto. Reféns da grande indústria da celulose, os governos - este e todos os outros - usam todo o jogo de cintura que têm para criar a aparência de que estão a fazer alguma coisa, sem nada fazer. Os partidos encaram cada tópico deste tema como uma oportunidade eleitoral para ganhar votos ou, pelo menos, para não os perder. São autênticos eucaliptos, que secam qualquer possibilidade de se fazer uma verdadeira reforma da floresta. (…)» Anselmo Crespo in Os eucaliptos que secam a política – DN 24jul2017.
- Há mais incêndios em anos eleitorais. Em 27 anos (1980-2007) houve sete eleições autárquicas. Nestes períodos, os fogos florestais foram superiores à média em 6,68% e a área ardida também cresceu (4,54%). Nos nove anos em que foram escolhidos os governos, a área ardida subiu (16,8%), mas o número de ocorrências desceu (2,86%). E os anos de 1985 e 2005, em que as duas eleições coincidiram, foram dos piores de sempre – com 146 254 e 312 829 hectares de área queimada, respectivamente. Para Jaime Soares, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra e também presidente da Câmara de Poiares, estes dados "não significam, obviamente, que haja um envolvimento dos partidos ou dos políticos. O que acontece é que há pessoas mal formadas, que por desavenças ou maldade" decidem incendiar as florestas. CM.
- «(…) Próximo de eleições autárquicas, convém [à direita] esquecer que os municípios são responsáveis pelos planos diretores municipais e ordenamento urbano, e pela obrigação de zelarem pela limpeza das florestas, dando o exemplo e aplicando coimas aos desleixados. A direita continua, à falta do Diabo, a servir-se do Inferno dos fogos na mórbida volúpia da morte que denuncia a sua sofreguidão do poder. Só não sabe de quantos cadáveres precisa ainda para ficar saciada! Esta direita fede.» Carlos Esperança, FB.
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