Pico, Açores. Foto de Dora Goulart 11abr2017.
Após os desastrosos incêndios florestais de 2016, o ICNF aplicou uma série de medidas de combate à erosão pós-incêndio.
O abate indiscriminado das árvores nativas que sobreviveram a catástrofe não faz parte destas medidas, mas acontece em larga escala.
As beiras das estradas que sobem para a Serra da Freita enchem-se com pilhas de madeira de carvalhos, castanheiros e pinheiros, na sua maioria pouco ou nada fustigados pelo fogo. Como é isto possível num espaço da Rede Natura 2000?
Grandes carvalhos que podiam dar bolotas e apoiar a criação dum novo bosque são abatidos sem controlo, tal como castanheiros adultos ou jovens, sem fiscalização, sem qualquer controlo por parte das autoridades competentes.
Apelamos ao ministério do meio ambiente e os municípios que abrangem este território da Serra da Freita: pronunciem-se, tomem medidas, mostrem presença.
Do mesmo modo que foi entregue aos municípios mais poder para cuidar da floresta, agora é a altura para atuar. Salvem o que nos resta da floresta nativa! Não deixem transformar as encostas da Serra da Freita num vasto eucaliptal.
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