segunda-feira, 3 de abril de 2017

Acácias estão a abafar a biodiversidade florestal da Peneda-Gerês

Foto de Goran Tomasevic/Reuters.
  • Os Verdes lamentam que tenha sido necessária uma denúncia do partido para que a Câmara de Oliveira de Frades se preocupasse com o tratamento dos esgotos que até agora têm corrido a céu aberto em algumaszonas daquele concelho. Em outubro de 2016 Os Verdes tinham denunciado esgotos a céu aberto em Pinheiro de Lafões. Os esgotos corriam em terrenos florestais, comprometendo as praias fluviais e a água para consumo humano, quando as águas residuais deveriam ser transportadas para a ETAR de Sequeirô. A Agência Portuguesa do Ambiente encarregou, entretanto, o município de Oliveira de Frades de resolver o problema a encaminhar todo o efluente para a devida ETAR. AliveFM.
  • Os carvalhais, bosques ripícolas, pinhais e lameiros do Parque Nacional da Peneda-Gerês estão a perder terreno para as acácias, árvores exóticas invasoras que hoje ocupam cerca de mil hectares daquela área protegida, alerta a Quercus. A mimosa (Acacia dealbata) e a acácia-de-espigas (Acacia longifolia) são as principais ameaças.  Elas produzem uma grande quantidade de material combustível, altamente inflamável, que se acumula no solo da floresta, contribuindo para aumentar a frequência e intensidade dos incêndios. Além disso, a acácia aniquila as espécies autóctones, altera a fertilidade do solo e reduz a disponibilidade de água para outras plantas. Wilder.
  • Uma empresa de ciência espacial sedeada em Musselburgh, East Lothian, testa uma solução para combater o abate ilegal de floresta na Guatemala. A Astrosat, em parceria com a agência espacial britânica, usa dados de imagens de radar de satélite monitorizadas com software instalado em telemóveis ou tablets, para descobrir se foram abertos novos acessos nas florestas tropicais da Guatemala ou para detetar qualquer maquinaria trazida para a área. Edinburgh Evening News.
  • A Fundação SOS Mata Atlântica apresentou um estudo sobre a qualidade da água de 240 pontos de coleta distribuídos em 184 rios, córregos e lagos de bacias hidrográficas do bioma. O levantamento foi realizado em 73 municípios de 11 estados da Mata Atlântica, além do Distrito Federal, entre março de 2016 e fevereiro de 2017, tendo envolvido 194 grupos de voluntários do programa “Observando os Rios”. Apenas 2,5% dos locais avaliados possuem qualidade boa, enquanto 70% estão em situação regular e 27,5% com qualidade ruim ou péssima. Isso significa que 66 pontos monitorizados estão impróprios para o abastecimento humano, lazer, pesca, produção de alimentos, além de não terem condições de abrigar vida aquática. A principal causa da poluição dos rios monitorizados é o «despejo de esgoto doméstico junto a outras fontes difusas de contaminação, que incluem a gestão inadequada dos resíduos sólidos, o uso de defensivos e insumos agrícolas, o desmatamento e o uso desordenado do solo», afirma Malu Ribeiro, especialista em Recursos Hídricos da Fundação SOS Mata Atlântica. SOS Mata Atlântica.

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