Silvalde, Espinho. Foto de Zé Quinta 10fev2017.
- «Assistiu-se ontem em Lisboa a mais um momento triste do nosso jornalismo. Porque o palco desta encenação, apesar de parecer um cabaré, era o hotel de luxo de Cristiano Ronaldo, (…) Cristina Ferreira decidiu convocar a imprensa para aquilo que a sua agência de comunicação apelidou "momento de imprensa". Objectivo: rebater as notícias do fim da sua revista. Ora este "momento de imprensa" (…) teve a grande particularidade de ser um "botar faladura" da apresentadora durante 15 minutos (…) sem no final haver qualquer possibilidade de confrontar a agora dona de uma editora sobre pagamentos e subsídios de Natal em atraso, despedimentos de jornalistas, ou outro qualquer assunto. (…) enquanto CF ganhava (ou não?) 5 mil euros por mês como directora. (…) Os jornalistas, vi em directo, não esboçaram a mínima tentativa de obter um contraditório a tudo o que ouviram. É pena. É pena que a proposta aprovada no 4.0 Congresso de Jornalistas, de boicotar todas as conferências de imprensa que não contemplem o direito a resposta, não tenha sido exercida. Foi um mau exemplo. (…)» Rui Teixeira in O poder do bikini, FB 8fev2017.
- Vitalino Canas nesta entrevista ao Expresso faz render o salário que as Empresas de Trabalho Temporário lhe pagam, defendendo a necessidade do trabalho temporário tanto no sector público, como no sector privado dizendo que “é a vida”. Precários.
- «Ontem, na TVI, Manuela Ferreira Leite desancou na comunicação social por estar a dar importância aos "triqui triqui" da oposição sobre o ministro das finanças e alertou que isso só contribuía para destruir a CGD e acabar com o único banco português. (...) Enquanto não aprenderem com Catroga e deixarem de discutir pint....., os jornalistas não estão a pôr em causa apenas o jornalismo. Estão, principalmente, a contribuir para a ruína do país. Defender causas de quem lhes paga, não é jornalismo. É desinformação. Ou "vendetta"!» Carlos Barbosa de Oliveira in Deixem de discutir pi...
- «O grande revisionismo deste centenário tem algo de estalinista, curiosamente. Ele faz-se publicando biografias de Estaline, livros, “esquecendo” os dois dirigentes máximos da revolução, Lenine e Trotsky. E todos os outros. Apagando-os da fotografia. E lá para o fim da biografia do Estaline colocar algo como «se tivesse sido Lenine ou Trotsky tinha sido igual». Na profissão de historiador chama-se a isto um «contractual», o «se». Na falta de factos inventa-se um «se». (...) Celebrar os 100 anos da revolução que no seu início deu mais direitos do que qualquer regime na história – de sempre até aos nosso dias – com a figura tétrica de Estaline dá jeito a quem quer manter a apoplexia intelectual de que não há alternativa aos regimes actuais, na verdade um prolongamento do “fim da história”. Dá jeito mas não é história, é propaganda. Raquel Varela in Apagar a História, 100 anos depois.
- «Finalmente compreendi a política do filho único na China. Trata-se da proletarização em massa dos camponeses para o capitalismo chinês, que arrancou no final de década de 70. (…) Camponeses precisam de braços para trabalhar no campo. Se não têm são compelidos a ir para as cidades trabalhar. É uma das inúmeras formas de expropriação dos camponeses e transformação destes em assalariados, sem meios de produção, são expropriados dos filhos que na terra são meios de produção. Nunca foi para conter o crescimento populacional mas para garantir que estes iam para as cidades trabalhar por uma tigela de arroz e 70 dólares. Isto é, teve como consequência uma das maiores taxas de crescimento urbano de sempre, se não mesmo a maior. (…).» Raquel Varela, FB 10fev2017.
- «A decisão sobre o limite para além do qual a vida deixa de ser politicamente relevante (e quais as vidas sem valor) é, ainda que de maneira inconfessada (mas muito mais facilmente do que admitem a eutanásia), o que todas as sociedades fixam na época da biopolítica. E eis como da eutanásia se chega facilmente aos refugiados.» António Guerreiro in As vidas sem valor – Público 10fev2017.
- O ex-presidente da Tunísia Ben Ali foi condenado a pena de prisão por corrupção. Al Arabiya.
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