terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Guimarães: projeto põe munícipes a pagar o lixo que de facto produzem


O Pay as you throw é um sistema piloto do município de Guimarães que rompe com a regra imposta a nível nacional de indexar a taxa dos resíduos à fatura da água consumida. Segundo este esquema, os vimaranenses só pagam o lixo que, de facto, produzem. Em suma, quantos menos sacos lançarem para o novo tipo de ecoponto, menos taxas pagarão. Entre fevereiro e abril de 2016, a recolha seletiva duplicou nesta cidade, tendo o lixo indiferenciado diminuído cerca de 20 toneladas.

É, de facto, um projeto muito interessante. Quem dera muitas mais autarquias o adotassem.
Mas era forçoso este projeto ter um nome em língua inglesa? Para quê? Para quem? E, como se já não bastassem tantos lapsos linguísticos em que diariamente tropeçamos nas nossas leituras, a fonte desta nossa posta achou por bem também dar um ar da sua graça. 
Não é «trow» como ela escreveu. Porque «trow» quer dizer «pensar, acreditar, supor», enquanto «throw», entre outras hipóteses, significa «atirar, despejar, lançar». A menos que, sub-repticiamente, se queira fazer passar a mensagem de que os munícipes vimaranenses vão pagar os resíduos conforme pensam ou acham que. 
De modo algum queremos ver aqui influência do famoso treinador internacional de futebol Mourinho. Mas também ele teima em retirar o precioso h do «think», fazendo com que há anos acabe sempre a dizer «eu mergulho» ou «eu vou ao fundo», - [ai sink] é o som que lhe sai por omissão do h em «think») -, e não «eu penso que» ou «eu acho que».

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