Imagem captada aqui.
- Suite 605 (11): «Há muito tempo que os clubes de futebol se tornaram peritos no uso de ocultar o colapso financeiro em que se encontram e pagar comissões clandestinas a jogadores, empresários, treinadores e presidentes. O negócio de milhões que gira em torno deste mediático fenómeno desportivo tem levado patrocinadores a investir valores astronómicos cujos contratos oficiais subtraem números aos montantes acordados desviando verbas para paraísos fiscais. O inspector tributário Paulo Jorge Silva, que participou na investigação do caso BPN, exibiu em tribunal um documento apreendido durante busca, onde aparece uma listagem de pagamentos efectuados pelo grupo SLN, através da offshore Jared Finance. Segundo o inspector das Finanças, esta empresa servia de “saco-azul” para “fazer pagamentos por fora” através do Banco Insular de Cabo Verde. Paulo Jorge Silva terá dito que o ex-seleccionador nacional de futebol, Luiz Felipe Scolari, recebeu 800 mil euros relativos à utilização da sua imagem pelo BPN e o ex-futebolista Luís Figo embolsou 386 mil euros, pagos em duas tranches, referentes ao contrato de imagem enquanto jogador do Real Madrid. O inspector tributário revelou ao tribunal que os “pagamentos foram feitos através de contas que Figo e Scolari detinham em offshores, havendo o interesse de ambas as partes em não declarar as quantias recebidas”. A agência Lusa acrescenta que "o pagamento feito ao antigo internacional português Luís Figo foi feito com o recurso à offshore que este controlava - a Luna Star”». João Pedro Martins, Suite 605 – SmartBook 2011, pp57-58.
- Porque é que a nossa aristocracia rural está tão desesperada por permanecer na UE? Giles Fraser explica no The Guardian de 21abr2016: 1 38% de todo o orçamento 2014-20 da UE vai ser atribuído como subsídios aos agricultores europeus, o que representa 50 bilhões de euros por ano; 2 Em 2011, o duque de Westminster recebeu 748.716 de libras em subsídios da UE para as suas várias propriedades. Outrossim, o príncipe saudita Bandar embolsou 273.905 de libras da UE para a sua propriedade em Oxfordshire. A política agrícola comum é o socialismo para os ricos; 3 A União Europeia tem redistribuído disfarçadamente a riqueza dos pobres para os ricos, subsidiando os ricos enquanto se oferece desemprego aos pobres porque o governo não os pode subsidiar como mandam as regras europeias; 4 Os subsídios agrícolas tornam impossível aos agricultores africanos competir em pé de igualdade nos mercados europeus. Além disso, estimulam a sobreprodução. Os produtos em excesso são depois despejados em África a preços de saldo, destruindo as agrioculturas locais e provocando a falência e a miséria dos agricultores; 5 É fixe dizer que a UE é uma grande zona de comércio livre. Mas a palavra "livre" aqui é enganadora. A liberdade de uma pessoa é a prisão de outra. A UE funciona como um enorme cartel - um mecanismo de fixação de preços e de eliminação da concorrência. Os pobres é que sofrem.
Sem comentários:
Enviar um comentário