sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Fuzeta e Beirinha contra exploração de petróleo

  • O Reino Unido, a França, a Irlanda e a Holanda registam um colossal atraso na concretização das metas estabelecidas a nível europeu para a produção de energia a partir de fontes renováveis, pelo que poderão ser alvo da aplicação de multas pesadas. Em 2014, 9 países, entre os quais Portugal, já tinham cumprido as metas estabelecidas para 2020. 
  • A Repsol/Partex vai explorar gás de xisto ao largo da Fuzeta. A tecnologia a usar é a fraturação hidráulica. Acontece que a costa algarvia é propensa a sismos, embora de pequena intensidade, como se pode ver aqui, pelo que os rebentamentos utilizados podem vir a potenciar a sismicidade na costa algarvia. Estudos feitos nos EUA sobre o assunto confirmam o mesmo. O contrato de concessão celebrado entre o governo português e o consórcio Repsol/Partex, não salvaguarda os danos que possam resultar do aumento da sismicidade associada aos rebentamentos, como algum desmoronamento de habitações ou outros. Também não estão salvaguardados os danos provocados por eventuais derrames que possam surgir e menos ainda os provocados pelos agentes químicos utilizados na fracturação hidráulica. Para alem dos efeitos ambientais, há ainda a registar a mortandade ou a migração de espécies piscícolas nas zonas concessionadas, bem como das margens de segurança que virão a ser impostas e que impedirão os pescadores do exercício normal da sua atividade. A Beirinha é o maior banco de pescada branca da costa algarvia e é com bastante preocupação que são encarados os efeitos nefastos tanto da prospeção como da exploração. Via Olhão Livre. Em finais de janeiro passado, a população da Carrapateira, Aljezur, mobilizou-se contra a prospeção de petróleo e gás na Costa Vicentina. A exploração por fraturação hidráulica está prevista no contrato da Petrofuel de Sousa Cintra e apesar de ainda não se estar nessa fase os receios já são muitos. 
  • A Espanha e a Irlanda lideram a sobre pesca europeia no Atlântico. Aliás, toda a frota da União Europeia excede em 13% o limite recomendado pelos cientistas, alerta o El País.
  • A Rússia vai proibir a importação de milho e soja transgénicos dos EUA. As autoridades russas dizem ter registado casos de contaminação alimentar naquelas importações e não querem correr o risco de fomentar a contaminação das suas culturas com transgénicos. Sustainable Pulse.

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