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- «O homem do dedo em riste voltou a atacar. "Estamos atentos aos mercados financeiros e acho que Portugal não pode continuar a perturbar os mercados", disse ontem Wolfgang Schäuble. Se o problema era o nervosismo dos mercados, o ministro alemão deve ter acalmado, deve. Ontem, o italiano La Repubblica: "Profundo Vermelho na Bolsa"; o espanhol El Mundo: "Os Mercados Duvidam da Solvência do Deutsche Bank"; o francês Le Monde: "Ações da Societé Général Mergulham"... Meu Deus, Costa, põe mão no Centeno, que a Europa não aguenta! O papel de Portugal nas finanças mundiais é tremendo. Portugal não é a minhoquice de Espanha (onde as perdas do IBEX, este ano, são só cem mil milhões de euros...), não, nós somos capazes de ondas gravitacionais negativas como só Schäuble e Einstein são capazes de prever, a cem anos ou já para a próxima crise. A Espanha só merece um raspanete: "O Eurogrupo descarta dar a Espanha a flexibilidade no défice que pede Rajoy" (ontem, El País). Ela é minorca economicamente e tem solidez política (tirando, claro, não ter governo e, a tê-lo, será com o Podemos, solução que pode estilhaçar o país, mas só na Catalunha...). Essa não assusta Schäuble. O problema, mesmo, é Portugal. Não chega o Centeno não pedir flexibilidade, prometer cumprir o défice e dizer ao Eurogrupo que tem medidas para o caso de "vir a ser necessário"... Tudo isto é estranho. Mas Schäuble ter tantos fãs em Portugal ainda é mais.» Ferreira Fernandes in As más ondas gravitacionais de Portugal - DN 12fev2016.
- «Miguel Portas é que tinha razão: o homem é um farsolas. Mente como ninguém, rouba como ninguém e bajula como ninguém, já cá se sabia. Agora confirmamos-lhe a pinta de comediante. De neoliberal, que o foi por pensamentos, palavras e obras, quer passar a ser social-democrata. O homem que se apoderou com gozo do memorando da troika, que quis ir mais longe do que Lagarde, Barroso e Merkel juntos, que nos chamou piegas por reclamarmos do gamanço constante e das condições de vida a andar para trás, vem agora, de mão a bater forte no peito, num acto de contrição mal amanhado, jurar sem corar que é, que sempre foi social-democrata, que foi obrigado a gamar salários e pensões, forçado - sob a ameaça de tiro e queda - a favorecer os ricos e enterrar os pobres. Por este andar, qualquer dia declara-se maoísta. Ou trotskista. Ou monge trapista. Ou malabarista. Não tem sensibilidade. Bom senso também não. Mas ninguém lhe desmente o jeito de farsante. E de meliante. Se por acaso o vir na sua rua, esconda a carteira, tranque o carro, feche-se em casa. E, sobretudo, não lhe siga os passos na grande marcha para o abismo.» Manuel Cruz in O mao da fita, Quatro Almas.
- Oito maneiras de os milionários pagarem menos impostos: (1) Declarar menos rendimento do trabalho e mais rendimento do capital, sujeito a uma tributação inferior (2) Registar empresas em paraísos fiscais ou em países onde os lucros e os dividendos pagam menos imposto (3) Transferir imóveis para fundos imobiliários com um regime fiscal mais favorável (4) Abrir contas bancárias em países que fazem poucas perguntas (5) Usar «testas de ferro» para despistar o fisco (6) Mudar a residência (ou a nacionalidade) para outro país e usufruir dos benefícios fiscais para residentes não habituais (7) Aproveitar as brechas e os alçapões da lei e fazer planeamento fiscal agressivo com a ajuda de consultores especializados (8) Influenciar os legisladores - Visão 11fev2016.
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