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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Bruxelas, estufa para as alterações climáticas


Imagem retirada daqui.
  • As demolições de casas na Ria Formosa vão continuar. Rogério Bacalhau, presidente da câmara de Faro eleito pelo PSD, está contra: «Não há razão nenhuma para se fazer, nas próximas duas ou três semanas, essas demolições, acho que se deve esperar» pela formação do novo Governo. O autarca receia que, se for o PS a formar Governo, as demolições parem definitivamente, o que prejudicará os proprietários das casas entretanto demolidas. Diário Online. Este autarca tem uma visão das questões ambientais um bocado estranhas, perspetivando-as conforme o partido político no poder. O problema é que este autarca não está só. Muitos pensam como ele. É por esta e por outras que este país está como está.
  • O governo britânico anunciou a intenção de encerrar todas centrais a carvão do país até 2025. Reuters. Esperar para ver, até porque há enorme pressão para a construção de nova linha de centrais nucleares.
  • Bruxelas, as grandes energéticas e as portas giratórias: uma estufa para as alterações climáticas é a mais recente denúncia do Corporate Europe Observatory contra a captura das políticas de energia pelas grandes empresas de energia. O relatório examina casos de funcionários públicos e de representantes eleitos que passaram pelas portas giratórias certas para empregos em grandes corporações ligadas aos combustíveis fósseis e exemplos de técnicos e conselheiros que integraram a Comissão Europeia vindos dessas mesmas indústrias. O relatório recomenda, entre outras medidas, a introdução de salvaguardas que impeçam conflitos de interesses que envolvam conselheiros especiais da Comissão e um período de nojo de 2 anos para ex-eurodeputados que se tornem agentes de lóbis. Os casos mais flagrantes denunciados no relatório são os seguintes: (1) Marcus Lippold, funcionário da Comissão, ex-ExxonMobil, ex- DG Energy, agora também colaborador da Saudi Aramco; (2) Chris Davies, eurodeputado, colaborou durante 15 anos com grandes energéticas para introduzir o programa de captura e armazenagem de carbono; (3) Joaquín Almunia, comissário europeu, coautor de um relatório patrocinado pela Enel; (4) Nathalie Tocci, conselheira especial da Comissão, é simultaneamente membro da administração da Edison/EDF; (5) Matthew Hinde, ex-diretor da EU Strategy do ministério da Energia do Reino Unido, faz lóbi pela FleishmanHillard, cujos clientes incluem, entre outras, as empresas Total, Shell, Statoil, ENI, SHV Energy, Exxon Mobil e BP.

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