Foto: Fawei Yang/Corbis.
Damian Carrington responde no The Guardian de 8 de maio:
1 Embora ainda em fevereiro Cameron tenha afirmado que as alterações climáticas são uma das maiores ameaças que o mundo enfrenta, que são uma ameaça para a segurança nacional e global, para a prosperidade económica e para o combate à erradicação da pobreza, o primeiro-ministro britânico demonstrou imensa inconsistência em termos de políticas ambientais desde que foi eleito em 2010. Primeiro, nomeou um secretário do Ambiente cético em relação às alterações climáticas e que rotulou as taxas sobre a energia de «merda verde». Segundo, rejeitou a introdução na legislação britânica, de uma lei proibindo o uso de pesticidas contendo neonicotinoides, responsáveis pelo extermínio de abelhas. Terceiro, a promessa de aplicar medidas para melhorar a eficiência energética ficou na gaveta. Quarto, o seu governo, sempre muito apoiado pelos combustíveis fósseis, aprovou grandes apoios a projetos de extração de gás por fraturação hidráulica e de petróleo no Mar do Norte. Quinto, o minsitério do Ambiente sofreu cortes significativos, o que representou uma diminuição do seu poder de intervenção. Provavelmente a única medida positiva que Cameron tomou foi proibir a exploração de animais selvagens nos circos.
2 O manifesto eleitoral dos Conservadores refere o corte de subsídios a futuras centrais eólicas. Por outro lado, promete criar grandes zonas de proteção marinha nos seus territórios ultramarinos, palnatar 11 milhões de árvores no Reino Unido, investir 3 biliões de libras de fundos europeus na limpeza de lagos e rios e na proteção de sebes e muros e aplicar a taxa de 5 pence em sacos plásticos.
3 Mas o referendo sobre a eventual saída do Reino Unido da UE paira sobre a política ambiental como as nuvens de poluição ilegal que pairam sobre as britânicas. Muita da proteção à vida selvagem e à poluição que defendem o ambiente do Reino Unido vêm de directivas da UE: o que acontecerá se o Reino Unido sair da UE, ou negociar um novo acordo com a UE?
Entretanto, convém sublinhar dois aspetos destas eleições:
1 Os Verdes britânicos quadruplicaram o seu número de votos em relação a 2010.
2 Nigel Farage, perdeu e poderá demitir-se, o que representa uma perda colossal para o lóbi do carvão.
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