quinta-feira, 9 de abril de 2015

Bico calado

  • Em Junho de 2014, a câmara de Espinho anunciou a realização do mundialito de futebol de praia 2014 e o Mundial de Futebol de Praia 2015. Não tendo garantido o respetivo financiamento, a autarquia foi lesta em apregoar que o evento seria a custo zero.  Posteriormente, e perante encargos na ordem dos 2.2 milhões de euros,  apresentou uma candidatura à ON2, que não seria aprovada. Perante este contratempo, a câmara e a Federação Portuguesa de Futebol apresentaram candidatura conjunta ao eixo prioritário do FEDER «Competitividade, Inovação e Conhecimento». Esta candidatura foi aprovada, mas ficaram por cobrir cerca de 70 mil euros. A câmara de Espinho terá de o fazer, para além de garantir toda uma série de requisitos como a colaboração de funcionários e tarefeiros para a limpeza e higiene da área, dois campos de treinos, água, saneamento, estruturas... por Paulo Duarte in Crónica do custo zero = 68.321.95€ para o Mundial Futebol Praia Espinho 2015, Espinho Alerta 7abr2015. CIC: competitividade, inovação, conhecimento. Fantástico!
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  • Magalhães e filhos, por Bruno Nogueira in Tubo de Ensaio/TSF 8abril2015
  • «Dá-me isto agora porque me ando a convencer de que temos um governo que odeia o seu próprio povo. E porque me parece que perseguir e tomar os professores como má gente é destruir a nossa própria casa. Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrá-los é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias. Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. (...) As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.» Valter Hugo Mãe, Autobiografia Imaginária, in JL Jornal de Letras, Artes e Ideias 19set 2012.

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