Foto: Paulo Duarte/Espinho Alerta 14abri2015.
Esta fotografia foi tirada de sul para norte, junto da praia do Pau da Manobra, em Silvalde, Espinho. À primeira vista, poderá dizer-se que a inclinação desta vedação para poente será o resultado (1) da força do vento de leste, (2) de gente que a trepou ou (3) de erro de cálculo e de construção.
Primeiro, não consta que o vento de leste seja predominante nesta zona e, por isso, os construtores reforçaram, por trás, os barrotes, onde assentam as tábuas, com apoios, precisamente para a vedação aguentar os ventos predominantes, por vezes fortes, que sopram do norte e do sudoeste.
Segundo, não consta que gente inteligente se dê ao trabalho de trepar uma vedação destas quando, com muito menos esforço e mais depressa, consegue transpôr esta barreira passando por baixo dela.
Terceiro, os técnicos, alegadamente baseados em estudo e desenho de engenheiros formados por universidades reconhecidas nacional e internacionalmente, fizeram o que a ciência lhes ensinou. Mas a Natureza sabe muito mais do que todos eles juntos, mais os políticos, assessores e patos bravos.
Enfim, 180 mil euros do erário público deitados ao vento. Embora a câmara os tenha conseguido burocraticamente, contorcendo-se no labirinto de programas adequados à ocasião, continua a não nos convencer de que esta vedação foi erguida para proteger um passadiço. É que este está 50 metros a poente, enquanto a estrema do campo de golfe, privado, está mesmo em cima da linha da vedação. 180 mil...
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