Silvalde, entre o campo de golfe e a praia do Pau da Manobra. Foto: Paulo Duarte 31dez2014.
- A câmara municipal de Espinho gastou 180 mil euros numa obra que rotulou de Proteção dos passadiços junto ao campo de golf e para consolidação de dunas. Começa no Bairro Piscatório, acompanha toda a linha de mar e remata no acesso à Praia do Pau da Manobra, em Silvalde. Resumindo, a câmara de Espinho gastou 140 mil euros + IVA do erário PÚBLICO (via fundos comunitários) para vedar, ao longo de várias centenas de metros, o perímetro norte, poente e sul do campo de golfe do Oporto Golf Club. Tudo isto num município onde uma pessoa que constrói uma casa tem de, entre outros requisitos, pagar as guias e as pedrinhas que hão de cobrir o passeio PÚBLICO a toda a largura da casa, respeitando o estilo ou o modelo imposto pela senhora câmara. Entretanto, o passadiço real continua a aguardar obras de reparação após a destruição de que foi vítima em fevereiro de 2014 na sequência dos temporais que assolaram a orla costeira vareira. Pelos vistos, as dunas importantes ficam muito mais a nascente, longe da ETAR. As dunas da ETAR continuam desguarnecidas. Um dia destes, se o mar decidir avançar e fazer das suas na trampa que está na ETAR, logo se verá. Espinho é, de facto, um município encantado!
1 comentário:
Geração Espinhense à Rasca 7jan2014 comentário a posta de Paulo Duarte:
(1) Dizer que os 148 mil euros + IVA vieram de fundos comunitários como quem diz que o município de #Espinho não pagou nada é tentar escamotear a origem desse dinheiro. Esse dinheiro vem dos impostos pagos por cidadãos europeus, nomeadamente portugueses.
(2) Dizer que os 148 mil euros + IVA foram aplicados na consolidação de dunas é brincar às dunas, especialmente porque NADA foi feito para tentar remendar com urgência e prioridade o cordão dunar junto à ETAR, que é o que se encontra mais fragilizado neste momento, a menos que se considere uma ETAR que trata esgotos MENOS IMPORTANTE do que um campo de golfe que entretém sócios; (3) Dizer que os 148 mil euros + IVA valorizaram o litoral é verdade, mas só meia verdade, porque favoreceu principal e diretamente uma instituição privada que, durante 30 anos, até se deu ao luxo de não aceitar sócios portugueses.
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