A Comissão Europeia (CE) confirmou o abandono do seu pacote «Economia Circular» de legislação de resíduos, reciclagem e incineração. Este pacote de medidas pretendia aumentar os níveis de reciclagem e estabelecer mais rigor nas leis dos aterros e das incineradoras. Consistia em 6 leis sobre resíduos, embalagens, aterros, veículos em fim de vida, baterias e acumuladores e resíduos eletrónicos.
A decisão foi tomada contra a vontade da comissão do Ambiente, que de balde exigiu uma explicação da parte do presidente da CE e do comissário europeu para o Ambiente Karmenu Vella. O eurodeputado alemão Karl Heinz Florenz desabafou: «Porque é que o comissário não está aqui? Ele é bem pago para isso», acrescentando que se ele fosse o CEO de uma empresa privada teria sido despedido por ter faltado à reunião. Por isso, disse que precisava de tomar um Valium para se acalmar. Isto porque ele é do EPP, o maior grupo partidário a que o presidente Jean-Claude Juncker também pertence.
Muitos eurodeputados acusam o poderoso lóbi BusinessEurope desta súbita mudança que vai impedir a criação de muitos empregos, de muitas poupanças e do crescimento do PNB em 1%.
Convém saber que Karmenu Vella, comissário europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e das Pescas, já quando era deputado no parlamento de Malta, andava envolvido com empresas privadas ligadas ao imobiliário, à hotelaria, às viagens, ao jogo e às apostas.
Convém ainda relembrar o longo currículo de Jean-Claude Juncker como facilitador da otimização de impostos enquanto primeiro-ministro do Luxemburgo.
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