segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Reflexão – Sochi, olímpicos nada verdes

Os olímpicos de inverno em Sochi estão longe de manter a imagem verde e dourada propagandeada pelos russos e protogonizada por Putin. Numa semana, as autoridades russas prenderam dois ativistas do Environmental Watch on the North Caucasus por expressarem críticas aos jogos. Estas foram as últimas de uma série de detenções de ativistas ambientais, como Evgeny Vitishko, que denunciou graves impactos das obras das infraestruturas dos jogos.

Recordemos as notas que o Ambiente Ondas3 publicou há dias:

Impactos: (1) Duas mil famílias de Sochi tiveram que ser realojadas sem qualquer tipo de indemnizações. (2) Já ocorreram deslizamentos de terras que destruiram casas. (3) Já houve 70 apagões, razão pela qual os 343 mil habitantes de Sochi foram obrigados a evitar o uso do ar condicionado, das chaleiras, dos ferros e das máquinas de lavar para que haja suficiente potência de energia para as obras de construção do complexo olímpico. (4) A nova autoestrada e a nova linha de caminho de ferro, que incluem 18 milhas de túneis e 24 de pontes, fizeram desaparecer milhares de árvores e alterar o curso do rio Mzymta, comprometendo a população de salmão selvagem e a prática de rafting. (5) Apesar da neve, nas competições, ser normalmente artificial, os responsáveis andam a armazenar neve em armazens subterrâneos, para o quer e vier, dizem.
A Greenpeace, a WWF e o Environmental Watch of the North Caucasus abandonaram a mesa das consultas e negociações com os responsáveis olímpicos porque as suas preocupações e ideias para mitigar os impactos ambientais estavam a ser ignorados. 

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