Um biocombustível muito mais barato e sustentável dos que existem atualmente está a ser desenvolvido pela Boeing no Masdar Institute, em Abu Dhabi. Alarmados pela má qualidade dos combustíveis desenvolvidos a partir de areias betuminosas, a Boeing avançou, em 2008, para a criação do Sustainable Aviation Fuel Users Group, do qual fazem atualmente parte um terço das companhias mundiais de aviação.
A nova tecnologia baseia-se nas plantas halófitas, capazes de viver com água salgada e em solos áridos, como desertos. As halófitas contém lignina, uma macromolécula que lhe confere rigidez. A celulose da planta tem de ser separada da lignina para libertar acúcares, num processo que se tem revelado fácil e barato.
Da articulação da produção de biocombustíveis a partir das halófitas para a aquacultura foi um passo. A escassez de peixe selvagem está a estimular a expansão da aquacultura e, consequentemente a aumentar os impactos dos elevados níveis de nitrogénio, fósforo e potássio provenientes dos resíduos dos peixes e que permanecem suspensos nas águas salgadas. A integração destes dois sitemas permite uma aquacultura sustentável que não polui os mares e uma biomassa que pode ser usada para alimentar o crescimento das halófitas.
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