População de Coimbra exige resposta para as cheias do Mondego, diz a RTP.
Como assim?
Não é a população, são os proprietários dos restaurantes implantados nas margens do Mondego nos últimos anos. E não são as alterações climáticas responsáveis pelas cheias, são as ações dos homens, dos decisores, são as políticas autárquicas e governamentais que têm contribuído para as cheias. Como?
(1) Permitindo a construção de edifícios nas margens de rios, quase em cima deles e em leitos de cheia,
(2) autorizando a impermeabilização de cada vez mais áreas através do abuso do cimento e do asfalto,
(3) abatendo árvores junto das margens dos rios e substituindo as zonas onde antes havia raizes por zonas de relvados, que não absorvem a água tão bem como as raízes.
E não são anónimos, na rua, que, julgando ter conhecimentos e competências para tal, vão sugerir as medidas que a autarquia deve tomar, especialmente numa cidade famosa pelas sua velha universidade.
E, já agora, se alguns media em vez de serem tão apressados e superficiais, tentassem analisar melhor as situações, talvez as pessoas começassem a compreender melhor o mundo que as rodeia e deixariam de apoiar e pactuar com tanta asneira ou, até, tudo fariam para que o erário público deixasse de ser gasto a perpetuar erros.
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