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terça-feira, 15 de março de 2011

Ribeira dos Milagres sofre mais uma descarga poluente


  • A ribeira dos Milagres, afluente do rio Lis, em Leiria, sofreu uma nova descarga poluente de uma ou mais suiniculturas. "Todos os dias há descargas na ribeira ou nos seus afluentes e nos campos do Lis", diz Rui Crespo, da Comissão Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres, lamentando não haver uma preocupação das autoridades para descobrir os infractores. Entretanto, os suinicultores continuam à espera da construção da anunciada ETAR. CM.
  • Coastwatch 2011, recolha de lixo e atividades de educação ambiental, entre o Furadouro e o Torrão do Lameiro, Domingo, 13 de Março. Amigos do CasterBem hajam!
  • Um projeto de exploração de petróleo na região de Lofoten e Vesteraalen, no Ártico, foi rejeitado pelo governo norueguês por o considerar incompatível com uma zona única de reserva do maior banco de bacalhau da Europa. The Huffington Post.
  • Após mais uma explosão no segundo reator da central nuclear de Fukushima, a União Europeia agendou uma reunião urgente em Bruxelas sobre segurança nuclear. Independentemente de eventual censura e encobrimento sobre a situação real na central nuclear de Fukushima, a Alemanha já anunciou o encerramento temporário de duas das suas centrais nucleares mais velhas e a suspensão do plano de prolongar a vida das restantes, a Suíça também fez saber que suspende os projetos de construção e substituição de centrais nucleares, a Áustria avisou que vai levar a cabo testes às suas centrais para ver se resistem a sismos, e a Califórnia teme pela segurança das suas centrais de Diablo Canyon e de San Onofre, com tecnologia semelhante às de Fukushima. Entretanto, a Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e as Filipinas anunciaram a realização de testes de radiação aos produtos frescos importados do Japão. Todos os cuidados são poucos, especialmente depois de um ministro japonês ter dito que era muito provável a fusão dos núcleos de três dos reatores da Fukushima. Por outro lado, Carlos Varandas, director do Centro de Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico e presidente do Conselho de Administração da Agência Europeia para o ITER, dizia, citado pelo Público: “Se este sismo tivesse acontecido no Leste da Europa, estaríamos perante uma catástrofe nuclear mundial.” Refira-se que, já em 1972, inspectores da Atomic Energy Commission tinham alertado para o facto de os reatores da General Electric serem mais vulneráveis a explosões e mais vulneráveis a fugas radiotivas em caso de fusão. Mas nada disto parece preocupar a ONU, que, através de Malcolm Crick, do secretariado do Comité Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atómica, garante que a radiação libertada pela acidentada central nuclear de  Fukushima é inofensiva. Por isso, não admira que Sampaio Nunes, do projeto da melhor central nuclear para Portugal, tenha acabado de dizer duas coisas espantosas: primeiro, que este tipo de acidentes que estão a acontecer na central nuclear de Fukushima seriam impensáveis se a central tivesse a tecnologia do projeto português, e que não há situações piores do que as sofridas pelo Japão com um sismo de magnitude 9 e um tsunami com ondas de 10 metros. Não só parece bruxo como se arroga ao direito de querer saber tanto ou mais que a Natureza ou... Deus. Os seus correlegionários espanhóis e americanos parecem ter mais bom senso.
  • Taro Kono, membro do parlamento japonês, teceu duras críticas a vários aspetos da indústria nuclear nipónica, nomeadamente os custos e a segurança, o boicote ao desenvolvimento de energias alternativas e a falta de transparência, diz o embaixador americano Thomas Shieffer em telegrama de Outubro de 2008, recentemente divulgado pela WikiLeaks e citado pelo Guardian de 14 de Março.

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