Autores: Vários. Trad. O’Lima.
17 de novembro de 2025, em Belém, Brasil. Andre Brenner / AP Photo
Um estudo publicado este mês na revista Environmental Politics revela que os esforços para reprimir os protestos climáticos e ambientais estão a crescer em todo o mundo através de uma combinação de nova legislação, novos usos de processos legais existentes, ações policiais, difamação de ativistas e violência e assassinatos. Os autores afirmam que os atos de repressão tendem a expandir-se e intensificar à medida que regimes autoritários revertem políticas climáticas, com foco particular nas ações do presidente Donald Trump, criminalizando protestos, aumentando o poder policial e ataques públicos a compromissos climáticos e ambientais.
Os autores afirmam que os efeitos desse “repertório de repressão” são triplos. Primeiro, o risco de sanções legais, punições carcerárias e violência desvia recursos dos movimentos e impede ações ambientais. Segundo, a criminalização deslegitima os movimentos climáticos aos olhos do público, enquadrando-os como contraproducentes, criminosos ou perigosos. E terceiro, a criminalização e a aplicação de nova legislação desviam a atenção das alterações climáticas, concentrando as conversas em «extremistas» e «ecoterroristas» que se opõem ao interesse público.
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