- Um dos maiores mitos que a direita (PSD, CDS, IL, Chega) alimentou nos últimos anos, com sucesso, foi a ideia de que em Portugal há Estado a mais. Na verdade, somos o país da UE com menor percentagem de habitação pública, com menor percentagem de propriedade pública de florestas e com um dos sectores empresariais do Estado mais pequenos face ao conjunto da economia. Somos também o país com a 6ª despesa pública mais baixa em percentagem do PIB. Se isto é Estado a mais, vou ali e já venho. Mas, já se sabe: nenhum facto consegue destruir uma convicção forte (ou evitar uma mentira deliberada). Ricardo Paes Mamede.
- “Hoje, [17set2025] no Parlamento, durante o debate sobre os incêndios (…) André Ventura decidiu que era mais urgente abandonar o plenário e ir fazer aquilo que realmente lhe dá prazer: provocar um grupo de imigrantes que se manifestava pacificamente à porta do edifício. Brilhante prioridade de um líder da oposição, não é? O país a arder e ele a atiçar outro fogo, o do ódio. Missão cumprida, objetivo claro: dividir, insultar, alimentar rancores.” Fonte.
- "Por estes dias, uma embarcação de pescadores venezuelanos foi abordada por um corpo de tropas especiais norte-americanas, quando se dedicavam ao seu trabalho, pescar. Durante oito horas, os militares permaneceram a bordo, tornando cativos os oito pescadores que se encontravam a bordo. Segundo o governo venezuelano, o incidente foi monitorizado em tempo real pelos dispositivos de observação militar e de defesa das Forças Armadas venezuelanas. No final da intervenção, a tropa retirou e os pescadores venezuelanos puderam voltar a terra, ao seu país. Pouco vimos sobre isto na nossa “comunicação social”, em contraste com o sucedido com as controvertidas imagens de alegadas lanchas de narcotraficantes, que os Estados Unidos dizem ter abatido ao largo da Venezuela e que passam pelas televisões ocidentais como factos consumados. Esta ínvia versão de Lawfare (Guerra com pretextos jurídico-legais) decretada contra países e dirigentes que não se submetem a Washington não tem nada de novo (veja-se o caso de Milosevic, o presidente sérvio, sequestrado em Belgrado, “julgado” em Haia e condenado por genocídio, que dez anos depois -em 2025- foi ilibado pelo mesmo tribunal que o condenara antes, num acórdão que “passou despercebido à imprensa “ocidental” que cunhara o apodo de “O Carniceiro dos Balcãs”)." Rui Pereira, Pescadores de guerras.

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