A doca de receção do projeto de captura e armazenamento de carbono Northern Lights, controlado pela Equinor ASA, Shell Plc e TotalEnergies SE, em Blomoyna, Noruega.
- A ilha de Øygarden na orla do Mar do Norte está perfeitamente situada para vistas deslumbrantes da aurora boreal. Mas uma empresa apoiada por gigantes dos combustíveis fósseis e pelo governo norueguês construiu aqui o primeiro porto de transporte de carbono do mundo, com o objetivo de criar uma lixeira para a poluição europeia que aquece o planeta. O projeto envolve a captura de dióxido de carbono de chaminés industriais e o seu carregamento em navios, que o transportarão até aqui, para ser enterrado numa camada de rocha esponjosa a quilómetro e meio abaixo do fundo do mar. Armazenar CO2 desta forma não é novidade. Uma empresa norueguesa de petróleo e gás já o faz há cerca de 30 anos, separando o carbono do gás que extrai no Mar do Norte e enviando-o por um gasoduto para uma faixa de arenito conhecida como Formação Utsira. Mas nem todas as empresas se situam sobre uma camada de rocha adequada para armazenar carbono. É por isso que a introdução de navios pode ser fundamental: o transporte de CO2 liquefeito torna o armazenamento subterrâneo uma solução muito mais acessível. O primeiro carregamento de carbono do mundo chegou este verão, transportando 7.500 toneladas métricas de CO2 liquefeito de uma fábrica de cimento norueguesa que, de outra forma, teria ido para a atmosfera. As promotoras do projeto - Shell, Equinor e TotalEnergies, juntamente com a Noruega - afirmam que a instalação poderá bombear 5 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono para o subsolo por ano, ou seja, cerca de um décimo das emissões anuais da Noruega. Fonte.
- Consulta pública até 19 de agosto: Consulta pública do procedimento de licenciamento único do estabelecimento BONDALTI CHEMICALS, S.A. (Estarreja). A Bondalti escolheu Estarreja para a instalar uma refinaria de lítio da Lifthium Energy, detida em 15% pela Bondalti e 85% pelo Grupo José de Mello. Esta é a mesma empresa, ex-CUF, que foi responsável por uma ‘emissão pontual’ de ácido nítrico em 6 de fevereiro de 2025 e por situação semelhante em 15 de outubro de 2021, problemas tratados como ‘fait divers’ semelhantes a um peido expelido por um pacato cidadão passeando num jardim ou num passadiço. Refira-se, à margem, que a Bondalti é uma das empresas que mais beneficia dos apoios à descarbonização incluídos no Plano de Recuperação e Resiliência, tendo recebido 30,9 milhões. Parte do perfil ambiental da Bondalti pode ser consultado aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

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