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quarta-feira, 9 de abril de 2025

BICO CALADO

  • “O exército israelita mudou a sua narrativa sobre a razão pela qual as suas forças mataram 15 trabalhadores médicos e depois os enterraram, bem como aos seus veículos, para esconder as provas. Depois de inicialmente terem alegado que os veículos médicos se aproximavam de forma "suspeita" sem as luzes de emergência acesas ter sido desmentida por provas de vídeo, estão agora a chamar a tudo isto um grande erro. (…) Questionado pela imprensa sobre o último escândalo de crime de guerra cometido por Israel, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes, culpou o Hamas por tudo isto, dizendo: "O Hamas utiliza ambulâncias e, de um modo mais geral, escudos humanos para o terrorismo. O Presidente Trump compreende a situação impossível que esta tática cria para Israel e considera o Hamas inteiramente responsável". (…) Os media estão a dar muito mais atenção aos protestos anti-Trump deste último fim de semana do que alguma vez deram aos protestos anti-genocídio, porque é esse o seu trabalho. O seu trabalho é amplificar a oposição entre os dois principais partidos e marginalizar aqueles que se opõem aos crimes de ambos. (…)” Caitlin Johnstone, Substack.
  • Microsoft despede engenheiros por protestarem contra o fornecimento de IA aos militares israelitas. Fonte.
  • “Existem muitos motivos para deplorar o império das pesquisas de popularidade sobre o comportamento dos agentes políticos. As pesquisas levam a que a ação de governantes e parlamentares seja guiada pela expectativa do impacto no curtíssimo prazo, o que contribui para impedir a adoção de um programa mais coerente. São centrais para produção da chamada “campanha permanente”, reconhecida como um dos fatores de decadência da ordem democrática. Incentivam a transferência cada vez maior de poder decisório para os marqueteiros, vistos como aqueles que teriam a capacidade milagrosa de orientar o público e redefinir essa popularidade. O logro e a mistificação tornam-se, mais do que nunca, a essência de toda a política. Em vez da ampliação da capacidade de escrutínio crítico e de interlocução efetiva com seus representantes pelos cidadãos comuns, o horizonte é a busca por fórmulas para manipular seu comportamento de maneira instantânea.” Luís Filipe Miguel, Taxas os ricosSubstack.
  • Nos EUA, em 2024, 72% dos pedidos de censura de livros foram iniciados por grupos de pressão e entidades governamentais e apenas 16% das tentativas de proibição foram feitas pelos pais. Fonte.
  • "O DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) não quer de facto saber da eficiência. O DOGE de Musk está a dar cabo da Autoridade Tributária em plena época de declaração dos impostos despedindo milhares de funcionários com planos para reduzir ainda mais o tamanho da agência. Menos agentes do IRS para auditar as complexas declarações de impostos dos super-ricos significa mais oportunidades para bilionários como Musk contornarem o que devem. Estimativas recentes mostram que o 1% mais rico dos contribuintes americanos já paga menos impostos do que os devidos $205 mil milhões por ano. Essa perda de receitas fiscais é muito superior ao montante de dólares dos contribuintes que o DOGE afirma ter poupado ao cancelar contratos e subsídios para programas vitais do governo - dos quais apenas uma pequena parte pode ser verificada. De acordo com uma estimativa, por cada dólar adicional que o IRS gasta a auditar o 1% mais rico, recolheria 13 dólares adicionais em receitas fiscais.” Robert Reich.

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