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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

BICO CALADO

Robin Loznak/Zuma Press Wire/Rex/Shutterstock

  • Gandra d’Almeida demite‑se sob suspeita de ter acumulado ilegalmente funções públicas. O diretor executivo do SNS acumulou entre 2021 e 2024 as funções de diretor do INEM do Norte com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão aos fins de semana. A divulgação da sua conduta contrária à lei levou-o a pedir a demissão. Fonte. Enquanto exerceu funções de director do INEM do Norte, o médico militar António Gandra d'Almeida – que se demitiu na sexta-feira passada do cargo de director executivo do SNS – acumulou funções de gerente das suas duas empresas na área da saúde. As evidentes incompatibilidades terão compensado: as duas empresas faturaram, em conjunto, mais de 520 mil euros em 2022 e 2023, e Gandra d'Almeida arrecadou 191 mil euros em salários de gerente, uma média mensal superior a 6.800 euros, quase o dobro do salário que auferia no INEM. Antes de assumir o cargo no SNS, Gandra d'Almeida renunciou à gerência das empresas, cedendo parte das quotas aos três filhos menores, um deles com cerca de três anos.
  • “Não há falta de médicos em Portugal, há mais do dobro do que havia em 1980 por 100 mil habitantes. Temos 560 por 100 mil, na Holanda são 380, na França 315. O que se passa em Portugal é falta de lutas consequentes, com força, que impeçam este cadáver que é o sector privado que vive morto, em cima dos nossos impostos, e uma classe de políticos profissionais que assumiu que os impostos são para remunerar a dívida pública (que é privada). Destruindo aliás não só a nossa vida e saúde mas a qualidade cientifica e prática clínica dos próprios médicos, porque no privado não há equipas, formação, acompanhamento de doentes, em média. Não há prazer no trabalho quando não se faz tudo o que se sabe e pode para salvar alguém.” Raquel Varela.
  • “Trump não rompe com a vontade de hegemonia norte-americana, antes lhe pretende determinar um novo e não menos arriscado caminho. Assume o saldo desastroso de quase três décadas de deriva intervencionista de Washington, sob o mito de um “mundo regido por regras” (impostas pelos EUA, sem a elas se sujeitarem). Um caminho que colocou os EUA num distante segundo lugar como potência industrial, provocando um imenso caudal de guerras e sofrimentos que nos trouxeram à beira da III Guerra Mundial.” Viriato Soromenho-Marques, Trump, o clarificadorDN 17jan2025.
  • “(…) o resto do mundo, goste mais ou menos de Trump, de Biden, ou de qualquer outro presidente norte-americano, sabe agora que o país mais poderoso de todos, aquele que procura dominar todo o planeta, deixou de dar confiança, deixou de dar garantias de manter acordos, alianças e conflitos instituídos no passado próximo. A cada quatro anos, depois de cada eleição, tudo pode ser revertido, anulado ou substancialmente alterado. Com a sequência Obama, Trump, Biden e novamente Trump, as regras norte-americanas passaram a ser permanentemente voláteis e isso muda o jogo político mundial, seja para aliados, seja para inimigos.” Pedro Tadeu, Quem pode confiar nos EUA?DN 17jan2025.

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