COP29: DESASTRE TOTAL
- Ativistas e
ambientalistas criticam acordo financeiro frágil na COP29. Greta Thunberg: “A
decisão da COP29 é um desastre completo. As pessoas no poder estão
mais uma vez prestes a concordar com uma sentença de morte para as
inúmeras pessoas cujas vidas foram e serão arruinadas pela crise
climática. O texto está cheio de falsas soluções e promessas
vazias”. Claudio
Angelo, do Observatório do Clima: “O acordo de financiamento fechado em Baku distorce a UNFCCC e subverte qualquer conceito de justiça. Com a ajuda de uma presidência incompetente, os países desenvolvidos conseguiram mais uma vez abandonar suas obrigações e fazer os países em desenvolvimento literalmente pagarem a conta”. Tasneem Essop, da
Climate Action Network, acusou os países desenvolvidos de má-fé
nas negociações em torno do financiamento climático: “Esta
deveria ser a COP das finanças, mas o Norte Global apareceu com um
plano para trair o Sul Global. No final, assistimos à mesma
história, com os países em desenvolvimento ficando com pouca opção
a não ser aceitar um acordo ruim”. Tracy Carty, da
Greenpeace International: “A nova meta é uma amarga decepção. US$
300 biliões anuais até 2035 é muito pouco, muito tarde. Essa meta
de financiamento não vem com nenhuma garantia de que não será
entregue por meio de empréstimos ou financiamento privado, em vez do
financiamento público baseado em subsídios os quais os países em
desenvolvimento precisam desesperadamente”. Fonte.
- Um delegado da
Arábia Saudita foi acusado de fazer alterações diretas a um texto
oficial de negociação da COP29, diz o Guardian: “As presidências
das COP costumam distribuir os textos de negociação como documentos
PDF não editáveis a todos os países em simultâneo, sendo depois
discutidos. No sábado, a presidência do Azerbaijão fez circular um
documento com atualizações ao texto de negociação sobre o
programa de trabalho para uma transição justa (JTWP). Este programa
tem por objetivo ajudar os países a avançar para um futuro mais
limpo e mais resistente, reduzindo simultaneamente as desigualdades.
O documento foi enviado com ‘alterações registadas’ em relação
à versão anteriormente distribuída. Em dois casos, o documento
mostrava que as alterações tinham sido feitas diretamente por Basel
Alsubaity, que pertence ao Ministério da Energia saudita e é o
líder do JTWP.
- Namíbia aproveita a
cimeira sobre o clima COP29 para promover investimentos em petróleo
e gás. Fonte.
- Cerca de 200 pessoas
foram detidas depois de terem interrompido a atividade no maior porto
de carvão do mundo, no âmbito de um protesto climático. Os
manifestantes bloquearam o porto de Newcastle no terceiro dia de
agitação, apelando ao governo federal para que exclua novas minas
de carvão e gás e para que aplique um imposto de 78% sobre as
exportações de carvão e gás. Fonte.
- Richard Flanagan,
vencedor do prémio Baillie Gifford de não ficção pelo seu livro
Questão 7, disse não aceitar o prémio de £ 50.000 enquanto o
patrocinador não reduzir os seus investimentos em combustíveis
fósseis e investir nas renováveis. A empresa de gestão de
investimentos Baillie Gifford tem sido alvo de controvérsia nos
últimos anos não só devido aos seus investimentos em combustíveis
fósseis mas também por se relacionar com empresas ligadas a Israel.
Fonte.
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