ESPINHO PERDE 34,5% DAS SUAS ÁGUAS TRATADAS

Foto: António Gomes

34.5% é a percentagem de perda de águas tratadas no concelho de Espinho. Fonte.

A entrevista do JN à presidente da CM de Espinho não refere a quantos quilolitros correspondem essa elevada percentagem de perda de águas. Há muito tempo que este grave problema se tornou crónico em Espinho e não parece haver maneira de os executivos eleitos o resolverem. Há três anos, Pinto Moreira, - presidente da Câmara na altura -, dizia, citado pelo Maré Viva de 8 de junho de 2021, que a média de desperdício de água em Espinho era de 35% e que, para combater esse problema, estava a ser instalado em 23 pontos um sofisticado sistema de medição e controlo de perdas de água, com 410 mil euros de subsídios europeus. Passados 3 anos e 410 mil euros de tecnologia de controlo de fugas de água, registou-se uma redução de apenas 0,5%.

Convenhamos que é muito pouco, para não dizer ridículo. Apesar disso, os responsáveis parecem sentir-se satisfeitos por aparecerem pontualmente em noticias plantadas por empresas de águas que, presumimos, lucram bastante com essas mesmas fugas de água.

Aliás, são essas companhias que periodicamente publicitam os seus ‘sucessos’. A última operação de charme por elas levada a cabo exibe 6 empresas do Grupo Indáqua, responsáveis pelo abastecimento a Barcelos, Marco de Canaveses, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paços de Ferreira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso/Trofa e Vila do Conde, premiadas com o Selo da qualidade exemplar de água para consumo humano.